quinta-feira, 14 de abril de 2016

O PODER DO QUERER




















ESTA É  A CASA QUE FOI CONSTRUÍDA PELO MEU PAI.


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O poder do querer!

A história que vou contar,
Tem perto de um século,
E começo por afirmar:
Que conto só a verdade.
E se não puder acreditar,
Pode continuar incrédulo,
Mas não fique a cismar,
Nem faça somo São Tomé,
Que só acreditou,
Depois de ver.
Eu também não vi.
Mas acredito,
Foi o próprio que me contou,
E lhe devo tudo o que sou.
Mas para abreviar,
Meu pai quando foi mancebo
Para o serviço militar,
Queria lá ganhar dinheiro
Para construir uma casa,
Para nela morar,
E depois de se casar.
Assentou praça como recruta
E depois de jurar a bandeira,
Foi escolhido para impedido
Do seu comandante.
Como tinha tempo livre,
Foi trabalhar num barbeiro,
Onde arranjou bom dinheiro,
Que guardou para fazer a casa.
Quando saiu da tropa,
Trouxe toda a ferramenta:
Uma navalha de barba,
Uma máquina de cortar cabelo,
Um pincel e outros apetrechos.
Então num terreno do meu avô,
Construiu uma bela casa,
Fez ao lado um poço fundo,
E colocou um engenho em ferro
Para tirar a água para beber,
E para o que fosse preciso.
Assim gastou todo esse dinheiro.
Depois de um longo namoro,
Chegou o seu dia de casamento,
Na capela da aldeia seguido
Da grande festa da boda.
Mais tarde, foram nascendo
Um rancho de filhos:
Seis rapazes e quatro raparigas.
Meu Pai colocou num relicário,
As ferramentas de barbeiro,
Que mais tarde voltou a usar,
Cortando o cabelo,
Aos seus rapazes.
A casa que ele construiu,
Foi herdada por uma sua filha,
Que lhe fez benfeitorias.
Recordo com saudade os dias
Que na nossa casa vivi,
De onde muito novo sai
Para estudar na cidade.

Torres Novas, 15/04/2016

O PODER DO QUERER




















ESTA É  A CASA QUE FOI CONSTRUÍDA PELO MEU PAI.


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O poder do querer!

A história que vou contar,
Tem perto de um século,
E começo por afirmar:
Que conto só a verdade.
E se não puder acreditar,
Pode continuar incrédulo,
Mas não fique a cismar,
Nem faça somo São Tomé,
Que só acreditou,
Depois de ver.
Eu também não vi.
Mas acredito,
Foi o próprio que me contou,
E lhe devo tudo o que sou.
Mas para abreviar,
Meu pai quando foi mancebo
Para o serviço militar,
Queria lá ganhar dinheiro
Para construir uma casa,
Para nela morar,
E depois de se casar.
Assentou praça como recruta
E depois de jurar a bandeira,
Foi escolhido para impedido
Do seu comandante.
Como tinha tempo livre,
Foi trabalhar num barbeiro,
Onde arranjou bom dinheiro,
Que guardou para fazer a casa.
Quando saiu da tropa,
Trouxe toda a ferramenta:
Uma navalha de barba,
Uma máquina de cortar cabelo,
Um pincel e outros apetrechos.
Então num terreno do meu avô,
Construiu uma bela casa,
Fez ao lado um poço fundo,
E colocou um engenho em ferro
Para tirar a água para beber,
E para o que fosse preciso.
Assim gastou todo esse dinheiro.
Depois de um longo namoro,
Chegou o seu dia de casamento,
Na capela da aldeia seguido
Da grande festa da boda.
Mais tarde, foram nascendo
Um rancho de filhos:
Seis rapazes e quatro raparigas.
Meu Pai colocou num relicário,
As ferramentas de barbeiro,
Que mais tarde voltou a usar,
Cortando o cabelo,
Aos seus rapazes.
A casa que ele construiu,
Foi herdada por uma sua filha,
Que lhe fez benfeitorias.
Recordo com saudade os dias
Que na nossa casa vivi,
De onde muito novo sai
Para estudar na cidade.

Torres Novas, 15/04/2016

O FADO DO AMOR

























  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Fado do Amor!
  •  
  • A Júlia vivia muito feliz,
  • Sempre sorrindo
  • Para toda a gente,
  • Tinha muitos amigos,
  • Era cantadeira do fado.
  • Gozava a sua vida!
  • Sempre muito divertida,
  • Cantava todas as noites,
  • Dormia pouco,
  • Sempre de dia e sonhava
  • Com grandes amores
  • E apaixonados,
  • Mas na realidade
  • Vivia muito sozinha.
  • Os seus desejos de amor,
  • E os seus grandes sorrisos,
  • Voavam suplicantes,
  • Mas não pretendia amantes,
  • O seu coração era puro,
  • E desejava um apaixonado
  • Para confiar o seu amor.
  • Ela cantava com muito fervor
  • As suas belas canções
  • De amor e de paixão.
  • Mas, num dia de perdição,
  • Sentiu-se muito seduzida,
  • E mudou a sua vida,
  • Entregou-se a um freguês,
  • Que não era de boa rês,
  • E dizendo que a amava,
  • Por outras a trocava.
  • A Júlia perdeu o seu sorriso,
  • Sonhava com o paraíso,
  • Para viver um amor terno,
  • Mas, acabou!?
  • A viver num inferno.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016



O FADO DO AMOR

























  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Fado do Amor!
  •  
  • A Júlia vivia muito feliz,
  • Sempre sorrindo
  • Para toda a gente,
  • Tinha muitos amigos,
  • Era cantadeira do fado.
  • Gozava a sua vida!
  • Sempre muito divertida,
  • Cantava todas as noites,
  • Dormia pouco,
  • Sempre de dia e sonhava
  • Com grandes amores
  • E apaixonados,
  • Mas na realidade
  • Vivia muito sozinha.
  • Os seus desejos de amor,
  • E os seus grandes sorrisos,
  • Voavam suplicantes,
  • Mas não pretendia amantes,
  • O seu coração era puro,
  • E desejava um apaixonado
  • Para confiar o seu amor.
  • Ela cantava com muito fervor
  • As suas belas canções
  • De amor e de paixão.
  • Mas, num dia de perdição,
  • Sentiu-se muito seduzida,
  • E mudou a sua vida,
  • Entregou-se a um freguês,
  • Que não era de boa rês,
  • E dizendo que a amava,
  • Por outras a trocava.
  • A Júlia perdeu o seu sorriso,
  • Sonhava com o paraíso,
  • Para viver um amor terno,
  • Mas, acabou!?
  • A viver num inferno.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016