Manuel Mar.”Poesia”
Amor Acorrentado!
Agora sinto o amor acorrentado,
Nesse presídio, a tua indiferença,
E não há nada que me convença,
Que és feliz e eu só abandonado
No cárcere a que me condenaste,
E que eu já suporto estoicamente,
Tu foste como a traidora serpente,
Que até os dois filhos me roubaste.
Escapaste à ira deste condenado,
Que sem ter sido acusado de nada,
Cumpre a enorme pena perpétua.
Deus se apiedou do ser repudiado,
E essa pena foi em parte reparada,
Os filhos voltaram de vontade sua.
Manuel Mar.
Torres Novas, 5/07/2016
Foto: Net