Relicário de Manuel Mar
A REMAR CONTRA A MARÉ
A remar contra a maré da sorte
Levo o meu lindo batel à deriva
Sentindo a alma a gemer cativa
Tentando livrar-se da sua morte.
Eu recolhi da vida imensas lições
Que assentei bem os pés no chão
Mas o amor bateu a porta do não
Fiquei a remar muitas desilusões.
Já atraquei no cais da esperança
Para ai se remediar a minha vida
Encontrei lá a maré tão agressiva
Era minha vida a pedir vingança.
Mas eu dela não me quero vingar
A sua morte foi no dia que partiu
E merece castigo porque me traiu
Mas só Deus é que a pode castigar.
Eu porque tenho a fé de ser cristão
Segui o que Deus disse na sua Lei:
Àquele que perdoa Eu perdoarei…
Vivo tranquilo, já lhe dei o perdão.
Manuel Mar
Torres Novas,3/08/2016
Foto: Net