domingo, 3 de julho de 2016

OS DESENCONTROS DA VIDA







































Manuel Mar. “Poesia”

OS DESENCONTROS DA VIDA

Quando eu era ainda pequeno,
Mas andava já na quarta classe,
Uma cachopa fez-me um aceno,
Que fiquei impávido mas sereno,
À espera que ela depois voltasse.

Esperei mas ela não mais voltou,
Porém eu sabia onde ela morava,
Sonhava e o sonho nunca acabou,
Mas a cabeça tanto nela pensou,
Fui lá a pé a ver se a encontrava.

Mas eu não tive a sorte de a ver,
Voltei com o pé pelo sapato roído,
Cada vez mais me estava a doer,
Mas ainda lá consegui algo saber,
O que com ela tinha acontecido.

O pai dela já lá não trabalhava,
Já tinha seguido para outro lado,
E ninguém da família la morava,
E a minha sorte assim se acabava,
Mas não fiquei nada conformado.

E depois de a quarta classe fazer,
Fui estudar para uma boa cidade,
Mas à espera de algum dia a ver,
Anos depois fiquei triste ao saber,
Ela já se tinha casado na verdade.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,4/07/2016

 Foto: Net

OS DESENCONTROS DA VIDA







































Manuel Mar. “Poesia”

OS DESENCONTROS DA VIDA

Quando eu era ainda pequeno,
Mas andava já na quarta classe,
Uma cachopa fez-me um aceno,
Que fiquei impávido mas sereno,
À espera que ela depois voltasse.

Esperei mas ela não mais voltou,
Porém eu sabia onde ela morava,
Sonhava e o sonho nunca acabou,
Mas a cabeça tanto nela pensou,
Fui lá a pé a ver se a encontrava.

Mas eu não tive a sorte de a ver,
Voltei com o pé pelo sapato roído,
Cada vez mais me estava a doer,
Mas ainda lá consegui algo saber,
O que com ela tinha acontecido.

O pai dela já lá não trabalhava,
Já tinha seguido para outro lado,
E ninguém da família la morava,
E a minha sorte assim se acabava,
Mas não fiquei nada conformado.

E depois de a quarta classe fazer,
Fui estudar para uma boa cidade,
Mas à espera de algum dia a ver,
Anos depois fiquei triste ao saber,
Ela já se tinha casado na verdade.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,4/07/2016

 Foto: Net