segunda-feira, 27 de junho de 2016

O RELÓGIO DA VIDA




























ANA ROSA POESIA

O RELÓGIO DA VIDA

O relógio da vida regula o nosso tempo, 
Todos nascemos com o tempo marcado,
O tempo não consente sentir-se parado,
Quando para acaba a vida no momento.

O que o tempo faz é sempre tão perfeito,
Que nos comanda com precisão infinita,
Mas é sempre ele que a nossa vida limita,
Tudo isso à semelhança de Deus foi feito.

Temos o tempo para viver determinado,
Após morte acreditamos na eternidade,
Como nos foi prometido pelos profetas.

A vida é um mistério nunca desvendado,
Ter alma eterna, só Deus sabe a verdade,
E só do nascer à morte sabemos as metas.

ANA ROSA
®
27/06/2016
Foto: Net

FADO DO ENGATE



























ANA ROSA POESIA

O FADO DO ENGATE
 Ele:
Não te valerá a pena refilares,
Se tu queres namorar comigo,
Responde mas ao que te digo,
Para comigo um dia te casares.

Ela:
Não sejas tão reles orgulhoso,
Mulher como eu nunca terás,
E não olhes nunca para trás.
Porque também és mentiroso.

Ele:
Eu sou a pessoa que te convém,
Disso podes ter bem a certeza,
Eu farei de ti a minha princesa,
E poderás ser a rainha também.

Ela:
Se tu não fosses tão peneirento,
Poderias ter sempre mais sorte,
A casar contigo, antes a morte,
Tu só tens é muito atrevimento.

Ele:
Cachopa tu estás tão enganada,
Eu sou o homem que te convém,
Minha mulher só tu ou ninguém,
E serás sempre a mulher amada.

Ela:
Já ouvi falar muito mentiroso,
E como tu não mente ninguém,
Não faças juras a mim também,
Tu nunca serás um bom esposo.

ANA ROSA
®
27/06/2016

Foto: Net

A CASA DA ESPERANÇA PERDIDA






































ANA ROSA POESIA

A CASA DA ESPERANÇA PERDIDA

Quando te bati à porta tinha esperança,
Para a minha carta de amor te entregar,
Há muito que eu te tinha na lembrança,
Mas dessa casa já fizeste a tua mudança,
Sem eu saber o que se estava lá a passar.

Tempo perdido, ninguém abriu a porta,
Bati lá vezes sem conta e tão desiludido,
Que regressei e com a alma quase morta,
Sentindo a minha vida a ficar toda torta,
Com desgosto no coração e arrependido.                     
Quando reparei a casa já cheia de heras,
A noite e o dia se confundem ao esperar,
Criando desespero e perdidas quimeras,
A esperança toda roída por loucas feras,
E sem com mais nada nesta vida contar.

O tempo perdido certamente não conta,
Senti-me vazio como a casa abandonada,
Como o condenado sem ter feito afronta,
O corpo tremendo e a cabeça bem tonta,
A vida da casa e a minha foi condenada.

ANA ROSA
®
27/06/2016

Foto: Net

RUMO AO INFINITO





























ANA ROSA POESIA

Rumo ao Infinito!?

A cada instante da vida avançamos,
O tempo sem piedade por ninguém,
Segue indiferente ao que desejamos,
Mas quando no caminho reparamos,
Estamos sempre mais perto do além.

A cada instante que passa mudamos,
As modificações ocorrem sem cessar,
No nosso rosto já rugas encontramos,
Até com pouco esforço nos cansamos,
Mas o coração vai batendo sem parar.

Criados pela Divina Vontade de Deus,
Que nos legou toda a nossa liberdade,
Somos governados, por Leis de ateus
Vivemos condicionados pela vontade,
De homens que as ordenam aos seus.

Do viver nos inesquecíveis momentos,
Nunca os poderemos jamais recuperar,
A felicidade sentida e acontecimentos,
Ficam gravados, são os conhecimentos,
Enquanto a boa memória os conservar.

Somos pó da terra, a ela regressaremos,
Que sempre assim foi, continuará a ser,
Tudo o mais é fé que em Deus tivermos,
De que um dia a nossa alma salvaremos,
Mas será preciso o acreditar e o querer!?

ANA ROSA
®
27/06/2016

Foto: Net