sexta-feira, 15 de abril de 2016

OS DONS E AS RIQUEZAS





















  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • Os Dons e as Riquezas!
  •  
  • Todas as riquezas são importantes,
  • Quando ajudam gente desgraçada,
  • Riquezas paradas não valem nada,
  • Mas podem ser muito escravizantes.
  •  
  • Há quem viva com grande pobreza,
  • Mas trata o próximo com amizade,
  • Toda a sua riqueza é com verdade,
  • Ter a alma pura e cheia de nobreza.
  •  
  • Não invejo quem tem muito dinheiro,
  • Mas invejo quem vive com felicidade,
  • Sinto pena de quem vive na pobreza.
  •  
  • Quando o dinheiro é mau conselheiro,
  • Cria muita inveja e vive com maldade,
  • Tal riqueza é infeliz e gera só tristeza.
  •  
  • Torres Novas, 15/04/2016

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O PODER DO QUERER




















ESTA É  A CASA QUE FOI CONSTRUÍDA PELO MEU PAI.


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O poder do querer!

A história que vou contar,
Tem perto de um século,
E começo por afirmar:
Que conto só a verdade.
E se não puder acreditar,
Pode continuar incrédulo,
Mas não fique a cismar,
Nem faça somo São Tomé,
Que só acreditou,
Depois de ver.
Eu também não vi.
Mas acredito,
Foi o próprio que me contou,
E lhe devo tudo o que sou.
Mas para abreviar,
Meu pai quando foi mancebo
Para o serviço militar,
Queria lá ganhar dinheiro
Para construir uma casa,
Para nela morar,
E depois de se casar.
Assentou praça como recruta
E depois de jurar a bandeira,
Foi escolhido para impedido
Do seu comandante.
Como tinha tempo livre,
Foi trabalhar num barbeiro,
Onde arranjou bom dinheiro,
Que guardou para fazer a casa.
Quando saiu da tropa,
Trouxe toda a ferramenta:
Uma navalha de barba,
Uma máquina de cortar cabelo,
Um pincel e outros apetrechos.
Então num terreno do meu avô,
Construiu uma bela casa,
Fez ao lado um poço fundo,
E colocou um engenho em ferro
Para tirar a água para beber,
E para o que fosse preciso.
Assim gastou todo esse dinheiro.
Depois de um longo namoro,
Chegou o seu dia de casamento,
Na capela da aldeia seguido
Da grande festa da boda.
Mais tarde, foram nascendo
Um rancho de filhos:
Seis rapazes e quatro raparigas.
Meu Pai colocou num relicário,
As ferramentas de barbeiro,
Que mais tarde voltou a usar,
Cortando o cabelo,
Aos seus rapazes.
A casa que ele construiu,
Foi herdada por uma sua filha,
Que lhe fez benfeitorias.
Recordo com saudade os dias
Que na nossa casa vivi,
De onde muito novo sai
Para estudar na cidade.

Torres Novas, 15/04/2016

O PODER DO QUERER




















ESTA É  A CASA QUE FOI CONSTRUÍDA PELO MEU PAI.


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O poder do querer!

A história que vou contar,
Tem perto de um século,
E começo por afirmar:
Que conto só a verdade.
E se não puder acreditar,
Pode continuar incrédulo,
Mas não fique a cismar,
Nem faça somo São Tomé,
Que só acreditou,
Depois de ver.
Eu também não vi.
Mas acredito,
Foi o próprio que me contou,
E lhe devo tudo o que sou.
Mas para abreviar,
Meu pai quando foi mancebo
Para o serviço militar,
Queria lá ganhar dinheiro
Para construir uma casa,
Para nela morar,
E depois de se casar.
Assentou praça como recruta
E depois de jurar a bandeira,
Foi escolhido para impedido
Do seu comandante.
Como tinha tempo livre,
Foi trabalhar num barbeiro,
Onde arranjou bom dinheiro,
Que guardou para fazer a casa.
Quando saiu da tropa,
Trouxe toda a ferramenta:
Uma navalha de barba,
Uma máquina de cortar cabelo,
Um pincel e outros apetrechos.
Então num terreno do meu avô,
Construiu uma bela casa,
Fez ao lado um poço fundo,
E colocou um engenho em ferro
Para tirar a água para beber,
E para o que fosse preciso.
Assim gastou todo esse dinheiro.
Depois de um longo namoro,
Chegou o seu dia de casamento,
Na capela da aldeia seguido
Da grande festa da boda.
Mais tarde, foram nascendo
Um rancho de filhos:
Seis rapazes e quatro raparigas.
Meu Pai colocou num relicário,
As ferramentas de barbeiro,
Que mais tarde voltou a usar,
Cortando o cabelo,
Aos seus rapazes.
A casa que ele construiu,
Foi herdada por uma sua filha,
Que lhe fez benfeitorias.
Recordo com saudade os dias
Que na nossa casa vivi,
De onde muito novo sai
Para estudar na cidade.

Torres Novas, 15/04/2016

O FADO DO AMOR

























  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Fado do Amor!
  •  
  • A Júlia vivia muito feliz,
  • Sempre sorrindo
  • Para toda a gente,
  • Tinha muitos amigos,
  • Era cantadeira do fado.
  • Gozava a sua vida!
  • Sempre muito divertida,
  • Cantava todas as noites,
  • Dormia pouco,
  • Sempre de dia e sonhava
  • Com grandes amores
  • E apaixonados,
  • Mas na realidade
  • Vivia muito sozinha.
  • Os seus desejos de amor,
  • E os seus grandes sorrisos,
  • Voavam suplicantes,
  • Mas não pretendia amantes,
  • O seu coração era puro,
  • E desejava um apaixonado
  • Para confiar o seu amor.
  • Ela cantava com muito fervor
  • As suas belas canções
  • De amor e de paixão.
  • Mas, num dia de perdição,
  • Sentiu-se muito seduzida,
  • E mudou a sua vida,
  • Entregou-se a um freguês,
  • Que não era de boa rês,
  • E dizendo que a amava,
  • Por outras a trocava.
  • A Júlia perdeu o seu sorriso,
  • Sonhava com o paraíso,
  • Para viver um amor terno,
  • Mas, acabou!?
  • A viver num inferno.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016



O FADO DO AMOR

























  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Fado do Amor!
  •  
  • A Júlia vivia muito feliz,
  • Sempre sorrindo
  • Para toda a gente,
  • Tinha muitos amigos,
  • Era cantadeira do fado.
  • Gozava a sua vida!
  • Sempre muito divertida,
  • Cantava todas as noites,
  • Dormia pouco,
  • Sempre de dia e sonhava
  • Com grandes amores
  • E apaixonados,
  • Mas na realidade
  • Vivia muito sozinha.
  • Os seus desejos de amor,
  • E os seus grandes sorrisos,
  • Voavam suplicantes,
  • Mas não pretendia amantes,
  • O seu coração era puro,
  • E desejava um apaixonado
  • Para confiar o seu amor.
  • Ela cantava com muito fervor
  • As suas belas canções
  • De amor e de paixão.
  • Mas, num dia de perdição,
  • Sentiu-se muito seduzida,
  • E mudou a sua vida,
  • Entregou-se a um freguês,
  • Que não era de boa rês,
  • E dizendo que a amava,
  • Por outras a trocava.
  • A Júlia perdeu o seu sorriso,
  • Sonhava com o paraíso,
  • Para viver um amor terno,
  • Mas, acabou!?
  • A viver num inferno.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016



quarta-feira, 13 de abril de 2016

O PAR IDEAL



  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Par Ideal!
  •  
  • A história da minha vida,
  • Até me parece misteriosa,
  • Porque é simples e florida,
  • Não pintada ou colorida,
  • E é linda como uma rosa.
  •  
  • Par ideal foram meus pais,
  • Gente muito provinciana,
  • Simples com grandes ideais,
  • Com muitos dons naturais,
  • Muito educada e humana.
  •  
  • O pai foi um trabalhador,
  • Que sabia de vários ofícios,
  • Era um pequeno agricultor,
  • E que cultivava com amor,
  • Afastando pecados e vícios.
  •  
  • A mãe era domestica leal,
  • Cheia de grandes virtudes,
  • Lutava pelo seu bom ideal,
  • Defendendo o valor moral,
  • Das suas honradas atitudes.
  •  
  • Educaram seus nove filhos,
  • Com sacrifício e muito amor,
  • E sempre dentro dos trilhos,
  • Sem desavenças ou sarilhos,
  • Todos estudaram com rigor.
  •  
  • Não havia rádio e televisão,
  • Mas meus pais sabiam cantar,
  • E cantavam ao fazer o serão,
  • Peneirando a farinha do pão,
  • Para depois se poder amassar.
  •  
  • Estudámos à luz do candeeiro,
  • Enquanto vivemos na aldeia,
  • Era sempre pouco o dinheiro,
  • Dava jeito fazer o mealheiro,
  • Para servir como pé-de-meia.
  •  
  • Dois filhos foram professores,
  • Um tradutor, dois electricistas,
  • Dois fizeram cursos superiores,
  • Duas tiveram públicos labores,
  • E hoje já são todos pensionistas.
  •  
  • Conto esta história bem singela,
  • Para honrar os meus bons pais,
  • Se eu fosse pintor faria um tela,
  • A mais maravilhosa aguarela
  • Não quero esquece-los jamais.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016

O PAR IDEAL



  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Par Ideal!
  •  
  • A história da minha vida,
  • Até me parece misteriosa,
  • Porque é simples e florida,
  • Não pintada ou colorida,
  • E é linda como uma rosa.
  •  
  • Par ideal foram meus pais,
  • Gente muito provinciana,
  • Simples com grandes ideais,
  • Com muitos dons naturais,
  • Muito educada e humana.
  •  
  • O pai foi um trabalhador,
  • Que sabia de vários ofícios,
  • Era um pequeno agricultor,
  • E que cultivava com amor,
  • Afastando pecados e vícios.
  •  
  • A mãe era domestica leal,
  • Cheia de grandes virtudes,
  • Lutava pelo seu bom ideal,
  • Defendendo o valor moral,
  • Das suas honradas atitudes.
  •  
  • Educaram seus nove filhos,
  • Com sacrifício e muito amor,
  • E sempre dentro dos trilhos,
  • Sem desavenças ou sarilhos,
  • Todos estudaram com rigor.
  •  
  • Não havia rádio e televisão,
  • Mas meus pais sabiam cantar,
  • E cantavam ao fazer o serão,
  • Peneirando a farinha do pão,
  • Para depois se poder amassar.
  •  
  • Estudámos à luz do candeeiro,
  • Enquanto vivemos na aldeia,
  • Era sempre pouco o dinheiro,
  • Dava jeito fazer o mealheiro,
  • Para servir como pé-de-meia.
  •  
  • Dois filhos foram professores,
  • Um tradutor, dois electricistas,
  • Dois fizeram cursos superiores,
  • Duas tiveram públicos labores,
  • E hoje já são todos pensionistas.
  •  
  • Conto esta história bem singela,
  • Para honrar os meus bons pais,
  • Se eu fosse pintor faria um tela,
  • A mais maravilhosa aguarela
  • Não quero esquece-los jamais.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016

A DERRADEIRA JORNADA


























  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.

  • A Derradeira Jornada!
  •  
  • Foi durante a Segunda Guerra,
  • Havia fome lá na minha terra,
  • A gente andava desesperada,
  • E por causa do racionamento,
  • Havia dor e muito sofrimento,
  • Toda a gente vivia revoltada,
  • E ninguém podia sequer falar,
  • Havia bufos sempre a escutar,
  • Às ordens da União Nacional,
  • Se refilava ia à cadeia parar,
  • Todo o povo vivia muito mal,
  • Mas tinha que sofrer e calar.
  •  
  • Eu era ainda menino e moço,
  • Quando comecei na jornada,
  • Pouco fazia ou mesmo nada,
  • Já antes do pequeno-almoço,
  • Bem cedo ainda madrugada,
  • Eu fazia enorme caminhada,
  • Para ir buscar água ao poço,
  • E seguia para as filas do pão,
  • Acompanhando a minha avó,
  • E não se comprava pão-de-ló,
  • Ali só havia um pão de rolão,
  • Não se podia fazer mais nada.
  •  
  • E depois do pequeno-almoço,
  • Antes do Sol estar a queimar,
  • Tocava burro à volta do poço,
  • Para tirar água para se regar,
  • Tudo o qua havia lá na horta.
  • Encaminhava água minha tia,
  • A minha avó sentada à porta,
  • Que ela trabalhar não podia,
  • Com a idade ficou bem torta,
  • Mas ainda vivia com alegria,
  • Gostava de dar a sua risota,
  • Até que chegou o último dia.
  •  
  • Quando minha avó faleceu,
  • Quem mais perdeu fui só eu,
  • Pois eu muito dela gostava,
  • Sua morte eu não esperava,
  • Foi para mim um triste dia,
  • De a ver morrer em agonia.
  • Tinha então meus sete anos,
  • Cheios de vida sem enganos,
  • Senti a sua partida ser cruel,
  • Não queria saborear esse fel,
  • Mas acabei por compreender,
  • Quem nasce terá que morrer.
  •  
  • Torres Novas, 13/04/2016



A DERRADEIRA JORNADA


























  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.

  • A Derradeira Jornada!
  •  
  • Foi durante a Segunda Guerra,
  • Havia fome lá na minha terra,
  • A gente andava desesperada,
  • E por causa do racionamento,
  • Havia dor e muito sofrimento,
  • Toda a gente vivia revoltada,
  • E ninguém podia sequer falar,
  • Havia bufos sempre a escutar,
  • Às ordens da União Nacional,
  • Se refilava ia à cadeia parar,
  • Todo o povo vivia muito mal,
  • Mas tinha que sofrer e calar.
  •  
  • Eu era ainda menino e moço,
  • Quando comecei na jornada,
  • Pouco fazia ou mesmo nada,
  • Já antes do pequeno-almoço,
  • Bem cedo ainda madrugada,
  • Eu fazia enorme caminhada,
  • Para ir buscar água ao poço,
  • E seguia para as filas do pão,
  • Acompanhando a minha avó,
  • E não se comprava pão-de-ló,
  • Ali só havia um pão de rolão,
  • Não se podia fazer mais nada.
  •  
  • E depois do pequeno-almoço,
  • Antes do Sol estar a queimar,
  • Tocava burro à volta do poço,
  • Para tirar água para se regar,
  • Tudo o qua havia lá na horta.
  • Encaminhava água minha tia,
  • A minha avó sentada à porta,
  • Que ela trabalhar não podia,
  • Com a idade ficou bem torta,
  • Mas ainda vivia com alegria,
  • Gostava de dar a sua risota,
  • Até que chegou o último dia.
  •  
  • Quando minha avó faleceu,
  • Quem mais perdeu fui só eu,
  • Pois eu muito dela gostava,
  • Sua morte eu não esperava,
  • Foi para mim um triste dia,
  • De a ver morrer em agonia.
  • Tinha então meus sete anos,
  • Cheios de vida sem enganos,
  • Senti a sua partida ser cruel,
  • Não queria saborear esse fel,
  • Mas acabei por compreender,
  • Quem nasce terá que morrer.
  •  
  • Torres Novas, 13/04/2016



ALDEIA ABENÇOADA





















  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.

  • Aldeia abençoada!
  •  
  • Do meu tempo de juventude,
  • Guardo gratas recordações,
  • Daquilo que vivi sem atitude,
  • Ainda andava com os calções,
  • Das pessoas de muita virtude,
  • Que me davam bons sermões,
  • Demonstrando em amplitude,
  • Para não restarem as ilusões,
  • Deste mundo que tanto ilude,
  • Praticando tantas más acções.
  •  
  • Gostava de fazer malandrices,
  • Quando surgia a oportunidade,
  • Inventava sempre as aldrabices,
  • Como se fossem pura verdade,
  • Era tempo de tantas crendices,
  • Esse belo tempo da mocidade,
  • Porque faziam muitas tolices,
  • E às vezes de grande maldade,
  • Mas foram tempos bem felizes,
  • Onde se fazia muita amizade.
  •  
  • Vivi numa aldeia abençoada,
  • Repleta de amor e de carinho,
  • Tod’a gente era até educada,
  • E vivia bem com o seu vizinho,
  • O campo era cavado à enxada,
  • E amanhado bem devagarinho,
  • Toda a casa que era abastada,
  • Limpava sempre o caminho,
  • A gente pobre era ajudada,
  • Cada casa parecia um ninho.
  •  
  • Torres Novas, 13/04/2016

ALDEIA ABENÇOADA





















  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.

  • Aldeia abençoada!
  •  
  • Do meu tempo de juventude,
  • Guardo gratas recordações,
  • Daquilo que vivi sem atitude,
  • Ainda andava com os calções,
  • Das pessoas de muita virtude,
  • Que me davam bons sermões,
  • Demonstrando em amplitude,
  • Para não restarem as ilusões,
  • Deste mundo que tanto ilude,
  • Praticando tantas más acções.
  •  
  • Gostava de fazer malandrices,
  • Quando surgia a oportunidade,
  • Inventava sempre as aldrabices,
  • Como se fossem pura verdade,
  • Era tempo de tantas crendices,
  • Esse belo tempo da mocidade,
  • Porque faziam muitas tolices,
  • E às vezes de grande maldade,
  • Mas foram tempos bem felizes,
  • Onde se fazia muita amizade.
  •  
  • Vivi numa aldeia abençoada,
  • Repleta de amor e de carinho,
  • Tod’a gente era até educada,
  • E vivia bem com o seu vizinho,
  • O campo era cavado à enxada,
  • E amanhado bem devagarinho,
  • Toda a casa que era abastada,
  • Limpava sempre o caminho,
  • A gente pobre era ajudada,
  • Cada casa parecia um ninho.
  •  
  • Torres Novas, 13/04/2016