sexta-feira, 15 de abril de 2016

A TRISTE SOLIDÃO




















  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • A Triste Solidão!
  •  
  • Fui à descoberta do mundo,
  • Sem saber o que procurava,
  • Quase já chegava ao fundo,
  • Senti o cheiro nauseabundo,
  • Tal o estado em que estava.
  •  
  • Há tanta solidão e tristeza,
  • Neste mundo onde vivemos,
  • Há gente cheia de pobreza,
  • E tanta soberba e avareza,
  • Os males de que padecemos.
  •  
  • Há gente com muita idade,
  • Que vive na maior solidão,
  • Essa é uma triste realidade,
  • Por não haver fraternidade,
  • Anda perdida a compaixão.
  •  
  • Já sentimos a cada momento,
  • Que aumenta a desigualdade,
  • Aumenta a dor e o sofrimento,
  • Que viver é grande tormento,
  • O que é uma triste realidade.
  •  
  • Faltam as obras de caridade,
  • Já não chegam a todo o lado,
  • Há só miséria e precariedade,
  • E o Estado sem solidariedade,
  • O povo sente-se abandonado.
  •  
  • Pior está quem vive na solidão,
  • Sem ter ninguém que dê ajuda,
  • Sente dor e tristeza no coração,
  • Sem remédio e sem compaixão,
  • Pedem a Deus que lhes acuda.
  •  
  • Torres Novas, 15/04/2016

A TRISTE SOLIDÃO




















  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • A Triste Solidão!
  •  
  • Fui à descoberta do mundo,
  • Sem saber o que procurava,
  • Quase já chegava ao fundo,
  • Senti o cheiro nauseabundo,
  • Tal o estado em que estava.
  •  
  • Há tanta solidão e tristeza,
  • Neste mundo onde vivemos,
  • Há gente cheia de pobreza,
  • E tanta soberba e avareza,
  • Os males de que padecemos.
  •  
  • Há gente com muita idade,
  • Que vive na maior solidão,
  • Essa é uma triste realidade,
  • Por não haver fraternidade,
  • Anda perdida a compaixão.
  •  
  • Já sentimos a cada momento,
  • Que aumenta a desigualdade,
  • Aumenta a dor e o sofrimento,
  • Que viver é grande tormento,
  • O que é uma triste realidade.
  •  
  • Faltam as obras de caridade,
  • Já não chegam a todo o lado,
  • Há só miséria e precariedade,
  • E o Estado sem solidariedade,
  • O povo sente-se abandonado.
  •  
  • Pior está quem vive na solidão,
  • Sem ter ninguém que dê ajuda,
  • Sente dor e tristeza no coração,
  • Sem remédio e sem compaixão,
  • Pedem a Deus que lhes acuda.
  •  
  • Torres Novas, 15/04/2016

A SOLIDÃO É TRISTEZA





















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

A Triste Solidão!

Fui à descoberta do mundo,
Sem saber o que procurava,
Quase já chegava ao fundo,
Senti o cheiro nauseabundo,
Tal o estado em que estava.

Há tanta solidão e tristeza,
Neste mundo onde vivemos,
Há gente cheia de pobreza,
E tanta soberba e avareza,
Os males de que padecemos.

Há gente com muita idade,
Que vive na maior solidão,
Essa é uma triste realidade,
Por não haver fraternidade,
Anda perdida a compaixão.

Já sentimos a cada momento,
Que aumenta a desigualdade,
Aumenta a dor e o sofrimento,
Que viver é grande tormento,
O que é uma triste realidade.

Faltam as obras de caridade,
Já não chegam a todo o lado,
Há mais miséria e precaridade,
Do Estado falta a solidariedade,
O povo já se sente abandonado.

Pior está quem vive na solidão,
Sem ter ninguém que dê ajuda,
Sente dor e tristeza no coração,
Sem remédio e sem compaixão,
Pedem a Deus que lhes acuda.


Torres Novas, 15/04/2016

A SOLIDÃO É TRISTEZA





















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

A Triste Solidão!

Fui à descoberta do mundo,
Sem saber o que procurava,
Quase já chegava ao fundo,
Senti o cheiro nauseabundo,
Tal o estado em que estava.

Há tanta solidão e tristeza,
Neste mundo onde vivemos,
Há gente cheia de pobreza,
E tanta soberba e avareza,
Os males de que padecemos.

Há gente com muita idade,
Que vive na maior solidão,
Essa é uma triste realidade,
Por não haver fraternidade,
Anda perdida a compaixão.

Já sentimos a cada momento,
Que aumenta a desigualdade,
Aumenta a dor e o sofrimento,
Que viver é grande tormento,
O que é uma triste realidade.

Faltam as obras de caridade,
Já não chegam a todo o lado,
Há mais miséria e precaridade,
Do Estado falta a solidariedade,
O povo já se sente abandonado.

Pior está quem vive na solidão,
Sem ter ninguém que dê ajuda,
Sente dor e tristeza no coração,
Sem remédio e sem compaixão,
Pedem a Deus que lhes acuda.


Torres Novas, 15/04/2016

OS DONS E AS RIQUEZAS





















  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • Os Dons e as Riquezas!
  •  
  • Todas as riquezas são importantes,
  • Quando ajudam gente desgraçada,
  • Riquezas paradas não valem nada,
  • Mas podem ser muito escravizantes.
  •  
  • Há quem viva com grande pobreza,
  • Mas trata o próximo com amizade,
  • Toda a sua riqueza é com verdade,
  • Ter a alma pura e cheia de nobreza.
  •  
  • Não invejo quem tem muito dinheiro,
  • Mas invejo quem vive com felicidade,
  • Sinto pena de quem vive na pobreza.
  •  
  • Quando o dinheiro é mau conselheiro,
  • Cria muita inveja e vive com maldade,
  • Tal riqueza é infeliz e gera só tristeza.
  •  
  • Torres Novas, 15/04/2016

OS DONS E AS RIQUEZAS





















  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • Os Dons e as Riquezas!
  •  
  • Todas as riquezas são importantes,
  • Quando ajudam gente desgraçada,
  • Riquezas paradas não valem nada,
  • Mas podem ser muito escravizantes.
  •  
  • Há quem viva com grande pobreza,
  • Mas trata o próximo com amizade,
  • Toda a sua riqueza é com verdade,
  • Ter a alma pura e cheia de nobreza.
  •  
  • Não invejo quem tem muito dinheiro,
  • Mas invejo quem vive com felicidade,
  • Sinto pena de quem vive na pobreza.
  •  
  • Quando o dinheiro é mau conselheiro,
  • Cria muita inveja e vive com maldade,
  • Tal riqueza é infeliz e gera só tristeza.
  •  
  • Torres Novas, 15/04/2016

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O PODER DO QUERER




















ESTA É  A CASA QUE FOI CONSTRUÍDA PELO MEU PAI.


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O poder do querer!

A história que vou contar,
Tem perto de um século,
E começo por afirmar:
Que conto só a verdade.
E se não puder acreditar,
Pode continuar incrédulo,
Mas não fique a cismar,
Nem faça somo São Tomé,
Que só acreditou,
Depois de ver.
Eu também não vi.
Mas acredito,
Foi o próprio que me contou,
E lhe devo tudo o que sou.
Mas para abreviar,
Meu pai quando foi mancebo
Para o serviço militar,
Queria lá ganhar dinheiro
Para construir uma casa,
Para nela morar,
E depois de se casar.
Assentou praça como recruta
E depois de jurar a bandeira,
Foi escolhido para impedido
Do seu comandante.
Como tinha tempo livre,
Foi trabalhar num barbeiro,
Onde arranjou bom dinheiro,
Que guardou para fazer a casa.
Quando saiu da tropa,
Trouxe toda a ferramenta:
Uma navalha de barba,
Uma máquina de cortar cabelo,
Um pincel e outros apetrechos.
Então num terreno do meu avô,
Construiu uma bela casa,
Fez ao lado um poço fundo,
E colocou um engenho em ferro
Para tirar a água para beber,
E para o que fosse preciso.
Assim gastou todo esse dinheiro.
Depois de um longo namoro,
Chegou o seu dia de casamento,
Na capela da aldeia seguido
Da grande festa da boda.
Mais tarde, foram nascendo
Um rancho de filhos:
Seis rapazes e quatro raparigas.
Meu Pai colocou num relicário,
As ferramentas de barbeiro,
Que mais tarde voltou a usar,
Cortando o cabelo,
Aos seus rapazes.
A casa que ele construiu,
Foi herdada por uma sua filha,
Que lhe fez benfeitorias.
Recordo com saudade os dias
Que na nossa casa vivi,
De onde muito novo sai
Para estudar na cidade.

Torres Novas, 15/04/2016

O PODER DO QUERER




















ESTA É  A CASA QUE FOI CONSTRUÍDA PELO MEU PAI.


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O poder do querer!

A história que vou contar,
Tem perto de um século,
E começo por afirmar:
Que conto só a verdade.
E se não puder acreditar,
Pode continuar incrédulo,
Mas não fique a cismar,
Nem faça somo São Tomé,
Que só acreditou,
Depois de ver.
Eu também não vi.
Mas acredito,
Foi o próprio que me contou,
E lhe devo tudo o que sou.
Mas para abreviar,
Meu pai quando foi mancebo
Para o serviço militar,
Queria lá ganhar dinheiro
Para construir uma casa,
Para nela morar,
E depois de se casar.
Assentou praça como recruta
E depois de jurar a bandeira,
Foi escolhido para impedido
Do seu comandante.
Como tinha tempo livre,
Foi trabalhar num barbeiro,
Onde arranjou bom dinheiro,
Que guardou para fazer a casa.
Quando saiu da tropa,
Trouxe toda a ferramenta:
Uma navalha de barba,
Uma máquina de cortar cabelo,
Um pincel e outros apetrechos.
Então num terreno do meu avô,
Construiu uma bela casa,
Fez ao lado um poço fundo,
E colocou um engenho em ferro
Para tirar a água para beber,
E para o que fosse preciso.
Assim gastou todo esse dinheiro.
Depois de um longo namoro,
Chegou o seu dia de casamento,
Na capela da aldeia seguido
Da grande festa da boda.
Mais tarde, foram nascendo
Um rancho de filhos:
Seis rapazes e quatro raparigas.
Meu Pai colocou num relicário,
As ferramentas de barbeiro,
Que mais tarde voltou a usar,
Cortando o cabelo,
Aos seus rapazes.
A casa que ele construiu,
Foi herdada por uma sua filha,
Que lhe fez benfeitorias.
Recordo com saudade os dias
Que na nossa casa vivi,
De onde muito novo sai
Para estudar na cidade.

Torres Novas, 15/04/2016

O FADO DO AMOR

























  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Fado do Amor!
  •  
  • A Júlia vivia muito feliz,
  • Sempre sorrindo
  • Para toda a gente,
  • Tinha muitos amigos,
  • Era cantadeira do fado.
  • Gozava a sua vida!
  • Sempre muito divertida,
  • Cantava todas as noites,
  • Dormia pouco,
  • Sempre de dia e sonhava
  • Com grandes amores
  • E apaixonados,
  • Mas na realidade
  • Vivia muito sozinha.
  • Os seus desejos de amor,
  • E os seus grandes sorrisos,
  • Voavam suplicantes,
  • Mas não pretendia amantes,
  • O seu coração era puro,
  • E desejava um apaixonado
  • Para confiar o seu amor.
  • Ela cantava com muito fervor
  • As suas belas canções
  • De amor e de paixão.
  • Mas, num dia de perdição,
  • Sentiu-se muito seduzida,
  • E mudou a sua vida,
  • Entregou-se a um freguês,
  • Que não era de boa rês,
  • E dizendo que a amava,
  • Por outras a trocava.
  • A Júlia perdeu o seu sorriso,
  • Sonhava com o paraíso,
  • Para viver um amor terno,
  • Mas, acabou!?
  • A viver num inferno.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016



O FADO DO AMOR

























  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Fado do Amor!
  •  
  • A Júlia vivia muito feliz,
  • Sempre sorrindo
  • Para toda a gente,
  • Tinha muitos amigos,
  • Era cantadeira do fado.
  • Gozava a sua vida!
  • Sempre muito divertida,
  • Cantava todas as noites,
  • Dormia pouco,
  • Sempre de dia e sonhava
  • Com grandes amores
  • E apaixonados,
  • Mas na realidade
  • Vivia muito sozinha.
  • Os seus desejos de amor,
  • E os seus grandes sorrisos,
  • Voavam suplicantes,
  • Mas não pretendia amantes,
  • O seu coração era puro,
  • E desejava um apaixonado
  • Para confiar o seu amor.
  • Ela cantava com muito fervor
  • As suas belas canções
  • De amor e de paixão.
  • Mas, num dia de perdição,
  • Sentiu-se muito seduzida,
  • E mudou a sua vida,
  • Entregou-se a um freguês,
  • Que não era de boa rês,
  • E dizendo que a amava,
  • Por outras a trocava.
  • A Júlia perdeu o seu sorriso,
  • Sonhava com o paraíso,
  • Para viver um amor terno,
  • Mas, acabou!?
  • A viver num inferno.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016



quarta-feira, 13 de abril de 2016

O PAR IDEAL



  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Par Ideal!
  •  
  • A história da minha vida,
  • Até me parece misteriosa,
  • Porque é simples e florida,
  • Não pintada ou colorida,
  • E é linda como uma rosa.
  •  
  • Par ideal foram meus pais,
  • Gente muito provinciana,
  • Simples com grandes ideais,
  • Com muitos dons naturais,
  • Muito educada e humana.
  •  
  • O pai foi um trabalhador,
  • Que sabia de vários ofícios,
  • Era um pequeno agricultor,
  • E que cultivava com amor,
  • Afastando pecados e vícios.
  •  
  • A mãe era domestica leal,
  • Cheia de grandes virtudes,
  • Lutava pelo seu bom ideal,
  • Defendendo o valor moral,
  • Das suas honradas atitudes.
  •  
  • Educaram seus nove filhos,
  • Com sacrifício e muito amor,
  • E sempre dentro dos trilhos,
  • Sem desavenças ou sarilhos,
  • Todos estudaram com rigor.
  •  
  • Não havia rádio e televisão,
  • Mas meus pais sabiam cantar,
  • E cantavam ao fazer o serão,
  • Peneirando a farinha do pão,
  • Para depois se poder amassar.
  •  
  • Estudámos à luz do candeeiro,
  • Enquanto vivemos na aldeia,
  • Era sempre pouco o dinheiro,
  • Dava jeito fazer o mealheiro,
  • Para servir como pé-de-meia.
  •  
  • Dois filhos foram professores,
  • Um tradutor, dois electricistas,
  • Dois fizeram cursos superiores,
  • Duas tiveram públicos labores,
  • E hoje já são todos pensionistas.
  •  
  • Conto esta história bem singela,
  • Para honrar os meus bons pais,
  • Se eu fosse pintor faria um tela,
  • A mais maravilhosa aguarela
  • Não quero esquece-los jamais.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016

O PAR IDEAL



  • Relicário dos Prazeres
  • Autor: Manuel Mar.
  •  
  • O Par Ideal!
  •  
  • A história da minha vida,
  • Até me parece misteriosa,
  • Porque é simples e florida,
  • Não pintada ou colorida,
  • E é linda como uma rosa.
  •  
  • Par ideal foram meus pais,
  • Gente muito provinciana,
  • Simples com grandes ideais,
  • Com muitos dons naturais,
  • Muito educada e humana.
  •  
  • O pai foi um trabalhador,
  • Que sabia de vários ofícios,
  • Era um pequeno agricultor,
  • E que cultivava com amor,
  • Afastando pecados e vícios.
  •  
  • A mãe era domestica leal,
  • Cheia de grandes virtudes,
  • Lutava pelo seu bom ideal,
  • Defendendo o valor moral,
  • Das suas honradas atitudes.
  •  
  • Educaram seus nove filhos,
  • Com sacrifício e muito amor,
  • E sempre dentro dos trilhos,
  • Sem desavenças ou sarilhos,
  • Todos estudaram com rigor.
  •  
  • Não havia rádio e televisão,
  • Mas meus pais sabiam cantar,
  • E cantavam ao fazer o serão,
  • Peneirando a farinha do pão,
  • Para depois se poder amassar.
  •  
  • Estudámos à luz do candeeiro,
  • Enquanto vivemos na aldeia,
  • Era sempre pouco o dinheiro,
  • Dava jeito fazer o mealheiro,
  • Para servir como pé-de-meia.
  •  
  • Dois filhos foram professores,
  • Um tradutor, dois electricistas,
  • Dois fizeram cursos superiores,
  • Duas tiveram públicos labores,
  • E hoje já são todos pensionistas.
  •  
  • Conto esta história bem singela,
  • Para honrar os meus bons pais,
  • Se eu fosse pintor faria um tela,
  • A mais maravilhosa aguarela
  • Não quero esquece-los jamais.
  •  
  • Torres Novas, 14/04/2016