quarta-feira, 27 de abril de 2016















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

A Política está doente!

A política, nobre arte ancestral,
Que viveu na sombra do poder,
Mudou muito mas é fácil de ver,
Que se apoderou do poder real.

Transformada em arte especial,
A política é hoje a dona de tudo,
O povo a ver Braga pelo canudo,
Sofre as crises como coisa banal.

Mas afinal os grandes culpados,
São políticos maus e demagogos,
Que mal governam a sua Nação.

Sugam o sangue aos desgraçados,
Para terem carros de luxo e novos,
Ao pobre nem lhe chega para pão.


Torres Novas, 27/04/2016

RELICÁRIO: O 25 DE ABRIL

RELICÁRIO: O 25 DE ABRIL

RELICÁRIO: O 25 DE ABRIL

RELICÁRIO: O 25 DE ABRIL

AMOR PERDIDO



Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Amor perdido!

A Isilda era uma cachopa
Muito formosa e gaiteira,
Vivia feliz e prazenteira,
Como criada de servir,
Mas tinha tão lindo sorriso,
Que os rapazes
Perdiam o juízo
Só de olhar para ela.
Também foi minha paixão
No tempo em que andei na tropa.
Dancei com ela algumas vezes
Nas festas de Verão.
Ela era dona de um corpinho,
Muito bem feito
E branquinho,
Era muito leve e macia,
Que ao dançar com ela,
Sentia uma tal magia,
Que me apetecia
Tê-la sempre comigo.
Mas ela zangou-se com a patroa,
E abalou para Lisboa,
À procura da sua sorte.
Eu fiquei ferido de morte
Por não ter condições
De tomar conta dela,
Porque era tropa em Mafra,
E não tive nenhuma ajuda.
A vida tem coisas destas,
E eu senti-me quase perdido,
Tinha o coração de amor ferido,
Mas sem nada poder fazer.
Desde esse Verão nunca mais a vi,
Sei a mágoa que senti,
Por não poder estar com ela.
Mais tarde vim a saber
Que ela já se tinha casado.
Dei o caso como encerrado,
Mas a mágoa que me ficou,
Não me deixa estar calado.

Torres Novas, 27/04/2016

AMOR PERDIDO



Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Amor perdido!

A Isilda era uma cachopa
Muito formosa e gaiteira,
Vivia feliz e prazenteira,
Como criada de servir,
Mas tinha tão lindo sorriso,
Que os rapazes
Perdiam o juízo
Só de olhar para ela.
Também foi minha paixão
No tempo em que andei na tropa.
Dancei com ela algumas vezes
Nas festas de Verão.
Ela era dona de um corpinho,
Muito bem feito
E branquinho,
Era muito leve e macia,
Que ao dançar com ela,
Sentia uma tal magia,
Que me apetecia
Tê-la sempre comigo.
Mas ela zangou-se com a patroa,
E abalou para Lisboa,
À procura da sua sorte.
Eu fiquei ferido de morte
Por não ter condições
De tomar conta dela,
Porque era tropa em Mafra,
E não tive nenhuma ajuda.
A vida tem coisas destas,
E eu senti-me quase perdido,
Tinha o coração de amor ferido,
Mas sem nada poder fazer.
Desde esse Verão nunca mais a vi,
Sei a mágoa que senti,
Por não poder estar com ela.
Mais tarde vim a saber
Que ela já se tinha casado.
Dei o caso como encerrado,
Mas a mágoa que me ficou,
Não me deixa estar calado.

Torres Novas, 27/04/2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

O BEIJO DE AMOR











Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O Beijo de Amor!

Nos jardins nascem as belas flores,
Que são maravilhas deste mundo,
Nas bocas nasce o beijo profundo,
Que dá vida aos grandes amores.

O beijo de amor é fruto de paixão,
Que os seres amados tem no peito,
E tem apenas um pequeno defeito,
Fazem bater mais forte do coração.

Afinal fazem o amor parecer louco,
Sem haver qualquer fundada razão,
O grande beijo só sabe a tão pouco.

Quem dá um beijo recebe de troco,
Outro beijo sempre cheio de paixão,
Morto d’amor que parece semilouco.


Torres Novas, 27/04/2016

O BEIJO DE AMOR











Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O Beijo de Amor!

Nos jardins nascem as belas flores,
Que são maravilhas deste mundo,
Nas bocas nasce o beijo profundo,
Que dá vida aos grandes amores.

O beijo de amor é fruto de paixão,
Que os seres amados tem no peito,
E tem apenas um pequeno defeito,
Fazem bater mais forte do coração.

Afinal fazem o amor parecer louco,
Sem haver qualquer fundada razão,
O grande beijo só sabe a tão pouco.

Quem dá um beijo recebe de troco,
Outro beijo sempre cheio de paixão,
Morto d’amor que parece semilouco.


Torres Novas, 27/04/2016

A RITA NAMORADEIRA
















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Rita Namoradeira!

A vida da Rita era maravilhosa,
Ela era na sua terra um encanto,
Que parecia ser santa misteriosa,
Sempre recolhida lá no seu canto,
E era muito linda e bem formosa.

Mas um rapaz quis casar com ela,
Escreveu uma carta e lha enviou,
Com linda mensagem tão singela,
Que ela quando a leu até chorou,
Porque nunca lera carta tão bela.

E aceitou o namoro à experiência,
Porque não queria compromissos,
Começou o namoro com decência,
E a falar com outros os metediços,
Que cortejavam com inteligência.

O povo começou a criticar a Rita,
A chamar-lhe Maria dos Rapazes.
Ela sentiu-se tão mal e tão aflita,
Porque más-línguas são capazes
De a gente boa tornar interdita.

A sua fama de ser namoradeira,
Criou os ciúmes ao seu namorado,
Que lhe fez a grande maroteira,
De deixar o seu namoro de lado,
Sem qualquer razão verdadeira.

A Rita sentiu-se tão humilhada,
Que logo decidiu ir para freira,
Ela desejava ser mulher casada,
Mas desprezada ficava solteira.
Toda a má-língua é depravada.

Depois entrou para o convento,
Mas o povo não podia acreditar,
E houve muito choro e lamento,
Ninguém queria sequer aceitar.
Remorsos do seu procedimento.


Torres Novas, 26/04/2016

A RITA NAMORADEIRA
















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Rita Namoradeira!

A vida da Rita era maravilhosa,
Ela era na sua terra um encanto,
Que parecia ser santa misteriosa,
Sempre recolhida lá no seu canto,
E era muito linda e bem formosa.

Mas um rapaz quis casar com ela,
Escreveu uma carta e lha enviou,
Com linda mensagem tão singela,
Que ela quando a leu até chorou,
Porque nunca lera carta tão bela.

E aceitou o namoro à experiência,
Porque não queria compromissos,
Começou o namoro com decência,
E a falar com outros os metediços,
Que cortejavam com inteligência.

O povo começou a criticar a Rita,
A chamar-lhe Maria dos Rapazes.
Ela sentiu-se tão mal e tão aflita,
Porque más-línguas são capazes
De a gente boa tornar interdita.

A sua fama de ser namoradeira,
Criou os ciúmes ao seu namorado,
Que lhe fez a grande maroteira,
De deixar o seu namoro de lado,
Sem qualquer razão verdadeira.

A Rita sentiu-se tão humilhada,
Que logo decidiu ir para freira,
Ela desejava ser mulher casada,
Mas desprezada ficava solteira.
Toda a má-língua é depravada.

Depois entrou para o convento,
Mas o povo não podia acreditar,
E houve muito choro e lamento,
Ninguém queria sequer aceitar.
Remorsos do seu procedimento.


Torres Novas, 26/04/2016

O 25 DE ABRIL


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

  • O 25 de Abril!
  •  
  • O passado nunca se apaga,
  • Do espírito do ser humano,
  • É por isso que em cada ano,
  • Toda a história se propaga.
  •  
  • O 25 de Abril é dia especial,
  • Já pertence à nova tradição,
  • Todo o povo da nossa Nação,
  • Comemora o dia de Portugal.
  •  
  • O fascismo acabou nesse dia,
  • Para se ter a plena liberdade,
  • O povo assumiu com vontade
  • Viver de novo em democracia.
  •  
  • Como em todas as revoluções,
  • Uns perdem e outros ganham,
  • E há alguns que se amanham,
  • Muitos só ficam com as ilusões.
  •  
  • É bem essa a nova realidade,
  • Instalaram-se os exploradores,
  • O povo recebeu alguns favores,
  • Mas não alcançou a igualdade.
  •  
  • Agravaram-se as dificuldades,
  • À vida duma maioria do povo,
  • Muitos já emigraram de novo,
  • Não podemos calar verdades.
  •  
  • Torres Novas, 26/04/2016

O 25 DE ABRIL


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

  • O 25 de Abril!
  •  
  • O passado nunca se apaga,
  • Do espírito do ser humano,
  • É por isso que em cada ano,
  • Toda a história se propaga.
  •  
  • O 25 de Abril é dia especial,
  • Já pertence à nova tradição,
  • Todo o povo da nossa Nação,
  • Comemora o dia de Portugal.
  •  
  • O fascismo acabou nesse dia,
  • Para se ter a plena liberdade,
  • O povo assumiu com vontade
  • Viver de novo em democracia.
  •  
  • Como em todas as revoluções,
  • Uns perdem e outros ganham,
  • E há alguns que se amanham,
  • Muitos só ficam com as ilusões.
  •  
  • É bem essa a nova realidade,
  • Instalaram-se os exploradores,
  • O povo recebeu alguns favores,
  • Mas não alcançou a igualdade.
  •  
  • Agravaram-se as dificuldades,
  • À vida duma maioria do povo,
  • Muitos já emigraram de novo,
  • Não podemos calar verdades.
  •  
  • Torres Novas, 26/04/2016

segunda-feira, 25 de abril de 2016

OS DIAS FELIZES






























Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Dias Felizes!

Os dias felizes da infância,
São de esperança e contentamento,
Passam muito lentamente,
Por entre jogos e brincadeiras,
Na ânsia de crescer e ser gente,
Para dar um rumo à vida,
Entrega-se muito ao estudo,
Para aprender e saber,
Preparando-se para o trabalho,
Vive a pensar numa profissão,
Por entre incertezas cruéis,
Surgem grandes dificuldades,
Os dias felizes terminam,
Quando chegam os problemas,
E tudo se torna confusão,
Bate forte o coração,
E morre muita ilusão,
Até que deixa de ser criança,
E sente-se feito adulto,
Numa radical mudança.
Enfim!
Acabaram tantos dias felizes,
Morreram as brincadeiras,
Surgem as responsabilidades,
Sempre trazendo canseiras.


Torres Novas, 25/04/2016

OS DIAS FELIZES






























Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Dias Felizes!

Os dias felizes da infância,
São de esperança e contentamento,
Passam muito lentamente,
Por entre jogos e brincadeiras,
Na ânsia de crescer e ser gente,
Para dar um rumo à vida,
Entrega-se muito ao estudo,
Para aprender e saber,
Preparando-se para o trabalho,
Vive a pensar numa profissão,
Por entre incertezas cruéis,
Surgem grandes dificuldades,
Os dias felizes terminam,
Quando chegam os problemas,
E tudo se torna confusão,
Bate forte o coração,
E morre muita ilusão,
Até que deixa de ser criança,
E sente-se feito adulto,
Numa radical mudança.
Enfim!
Acabaram tantos dias felizes,
Morreram as brincadeiras,
Surgem as responsabilidades,
Sempre trazendo canseiras.


Torres Novas, 25/04/2016

VERDADES DITAS




Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Verdades Ditas!

O poeta escreve com capricho,
Para dar à poesia vida eterna,
Com roupa velha ou moderna,
Não deitem as palavras ao lixo.

O verso com a métrica e a rima,
Tem a beleza e maior categoria,
Faz com palavras uma sinfonia,
E por sua natureza, obra-prima.

Com as palavras se faz o verso,
E com tábuas se faz um caixão,
Só com a magia se cria a ilusão,
Viver no mal faz o ser perverso.

Quem canta o seu mal espanta,
Quem chora não está nada feliz,
Muita baboseira um político diz,
Para agradar a todos encanta.

A honra vale mais que tesouro,
Quando o mundo vive honrado.
Estouvado é ser moço-forcado,
Sem ter embolado bem o touro.

Torres Novas, 25/04/2016

VERDADES DITAS




Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Verdades Ditas!

O poeta escreve com capricho,
Para dar à poesia vida eterna,
Com roupa velha ou moderna,
Não deitem as palavras ao lixo.

O verso com a métrica e a rima,
Tem a beleza e maior categoria,
Faz com palavras uma sinfonia,
E por sua natureza, obra-prima.

Com as palavras se faz o verso,
E com tábuas se faz um caixão,
Só com a magia se cria a ilusão,
Viver no mal faz o ser perverso.

Quem canta o seu mal espanta,
Quem chora não está nada feliz,
Muita baboseira um político diz,
Para agradar a todos encanta.

A honra vale mais que tesouro,
Quando o mundo vive honrado.
Estouvado é ser moço-forcado,
Sem ter embolado bem o touro.

Torres Novas, 25/04/2016

domingo, 24 de abril de 2016

O AMOR É CHAMA



















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

O AMOR É CHAMA!

O amor é uma chama ardente,
Que se sente dentro do coração,
Do amor carnal nasce a paixão,
De quem quer amar docemente.

O amor paternal é simplesmente,
A protecção e o afecto pelos filhos,
Para viverem felizes os seus trilhos,
Na esperança de serem boa gente.

O amor é alma e sentido da vida,
Base real de toda a humanidade,
E carece de confiança e verdade.

A relação de amor bem mantida,
Enche a vida de muita felicidade,
Criando ambiente de eternidade.


Torres Novas, 25/04/2016