segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PASSARINHO NA GAIOLA































Relicário de Manuel Mar

PASSARINHO NA GAIOLA

O lindo passarinho preso na gaiola
Parece que esvoaça sempre a cantar
Mas a grade que sua liberdade viola
E que a sua vida tanto o desconsola
Não canta só chora privado de voar.

Mas nessa prisão longe da natureza
O passarinho vive triste tão isolado
Por ter perdido toda a sua riqueza
Que era sua boa e amada princesa
De quem por maldade foi separado.

Qualquer passarinho gosta de viver
Livre e gozando a vida em liberdade
Mas a gente sem pensar no seu sofrer
Gosta de fecha-lo na gaiola e ai o ter
E ouvi-lo cantar com tanta qualidade.

O pobre cantor vive ali bem tratado
Sempre privado só da sua liberdade
E fica gordo bem pesado e anafado
Mas sofre por estar ali bem fechado
Privado da natureza e com saudade.

Eu vivo hoje como o meu passarinho
Dentro da minha casa bem trancado
Porque eu já estou bastante velhinho
Já estou aqui sempre a viver sozinho
Mas nesta vida temos o fim marcado.

Manuel Mar
®
Torres Novas,1/08/2016

 Foto: Net

AS VERDADES




























Relicário de Manuel Mar

AS VERDADES

Nem tudo o que se diz é verdade
Quem fala diz o que lhe convém
As verdades não são de ninguém
Todas escondem a sua falsidade.

Somente Deus a verdade falará
Porque tem espírito omnisciente
O que é invulgar a toda a gente
Que sua duvidosa verdade dirá.

A verdade não é só o que se diz
Porque é muito o que se ignora
Fala-se com toda a simplicidade
Deixando escondida a sua raiz.

Cada qual tem a sua verdade
E todos a querem ter como sua
Mas a verdade ninguém vê nua
Se todos a vestem com falsidade.

A verdade humana é duvidosa
Alguém diz o que vê no espelho?
Idoso não aceita que está velho!
Mulher feia julga ser uma rosa!

A verdade do político já sabido
Encerra vulgarmente falsidade
Porque se ele fala com verdade
Acaba por perder o seu partido.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 1/08/2016

Foto: Net

domingo, 31 de julho de 2016

AO FOLHEARES...










































Relicário de Manuel Mar

AO FOLHEARES…

Ao folheares as minhas poesias
Meus versos só te fazem sonhar
Porque eles te forçam a desejar
Esse prazer de viver com alegria!

O amor aparece com o carinho
Que dedicas a ler o meu poema
Não é pela maravilha do tema
É por leres muito devagarinho.

O poema que agrada ao ouvido
Não contem palavras eloquentes
Há palavras que são as sementes
Que tornam tudo muito querido.

Todo o poeta é grande sonhador
E que até sonha ainda acordado
O fado tem o tom bem magoado
O poeta gera palavras com amor.

Mas isso faz do poeta um fingidor
Dada magia que faz nas palavras
Com elas mostra suas boas lavras
Como faz o apaixonado agricultor.

As palavras do poeta são macias
Mas nunca um vento forte as leva
Elas desfazem a mágoa e a treva
Dão ao coração perdidas alegrias!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 1/08/2016

Foto: Net

OLVIDA MEUS VERSOS D'AMOR































Relicário de Manuel Mar

OLVIDA MEUS VERSOS D’AMOR

Olvida meus versos de amor ardente
Sonhados vivendo o grande bacanal
Envolto em cenas só de amor carnal
Que ao recordar se torna indecente!

São corrompidos esses meus versos
Esquece, e rasga-os completamente
Porque o teu doce amor tão inocente
Não atinará como eles são perversos.

Será melhor que sejam já queimados
Pois ao ficarem em pó transformados
Logo cairão apenas no esquecimento!

Ao falar desse sonho eu fui insensato
Só porque a ânsia do prazer imediato
Deveras me alterou o que eu lamento!

Manuel Mar.
®
Torres Novas,1/08/2016

Foto: Net

O DESGOSTO
































Manuel Mar. ”Poesia”

O DESGÔSTO

Tu eras para mim um bom amigo
Mas não aceitaste minha palavra
Era o que eu de ti nunca esperava
Porque estava enganado contigo!

Ao mostrares essa tua face oculta
Fiquei desiludido por essa atitude
Mas que teve para mim a virtude
De reagir de forma muito adulta.

Só a pensar que foi grande ofensa
Perdi por ti, toda a minha crença
Mas perdoarei depois de esquecer!

O desgosto com o amigo é penoso
Mas perdoar ofensas é tão custoso
Porque esse vexame nos faz sofrer!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 31/07/2016

Foto: Net

sábado, 30 de julho de 2016

ATIREI O TEU NOME AO MAR
































Manuel Mar. ”Poesia”

ATIREI O TEU NOME AO MAR

Quando senti a esperança perdida
Na praia atirei o teu nome ao mar
Porque eu precisei de bem o lavar
De toda a sujidade da tua partida.

A tua vida para mim ficou morta
Lá nessa casa da Cova da Piedade
Também lá acabou a tua maldade
Que me deixou a vida muito torta.

Libertaste-me de ti e sem piedade
Só não acabou a vida de falsidade
Do modo como me tiraste os filhos.

Mas foi Deus de infinita bondade
Que sabendo toda a real verdade
Os conduziu para os meus trilhos.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 31/07/2016

Foto: Net

A VIDA ESTÁ DESCARADA







































Manuel Mar. “Poesia”

A VIDA ESTÁ DESCARADA

A vida dos outros é sempre muito boa
A nossa parece, uma vida desgraçada
O mal dos outros à gente não magoa
Porque o viver mal nunca se apregoa
E a vida só se mostra com cara lavada.

Mas a vida é descarada e bem fingida
Todos se mostram ser mais do que são
O que tem dinheiro só diz mal da vida
O que passa mal faz a vida escondida
Mas todos sabem bem e de cor a lição.

A vida faz desenganos e dá sofrimento
Mas toda a gente se disfarça como sabe
Porque há tanta falta de discernimento
Os ricos dizem passar mal no momento
Os pobres só desejam que o mês acabe.

Mas julgar que a vida dos outros é boa
É a coisa que hoje em dia se ouve dizer
Porque toda a gente já fala e apregoa
Que com tudo tão caro a bolsa se escoa
Que já nada de bom nos irá acontecer.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,1/07/2016

 Foto: Net

A MINHA VOCAÇÃO



















Manuel Mar. ”Poesia”

A Minha Vocação!

Minha mãe quis fazer-me padre
Ela gostava com grande paixão
Passei anos a ouvir o seu sermão
Ela só pedia a Deus esse milagre.

Acabei por ir parar ao seminário
E só para lhe fazer a sua vontade
Porque com a minha pouca idade
Não pude fugir dum tal calvário.

Sei que não tinha ainda vocação
Mas por medo nunca disse o não.
O seminário custava a suportar!

Comecei a ser lá mal comportado
Só depois de dois anos lá fechado
Acabaram por ter de me expulsar.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 30/07/2016

Foto: Net

A FANTASIA DA VIDA































Manuel Mar. ”Poesia”

A FANTASIA DA VIDA

A fantasia da vida do ser humano
Pode parecer a alma de fantasma
Ou faz a sua vida só em marasma
Ou toma as atitudes de ser insano.

A sua filosofia é de pura fantasia
Pois anda sempre de cabeça no ar
E faz a sua vida sem nada se ralar
Para acabar a viver mal o seu dia.

A fantasia faz parte da nossa vida
Mas deve ser muito bem conduzida
Para não ser só ela a nos comandar!

Quando a vida se torna só fantasia
Vai acabar matando nossa alegria.
Para ser feliz é bom saber trabalhar!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 30/07/2016

Foto: Net

MENTES IRRACIONAIS













Manuel Mar. ”Poesia”

MENTES IRRACIONAIS

O fenómeno é antigo mas regressou
Provavelmente carregou as baterias
Porque hoje são notícia todos os dias
Feito besta em diabo se transformou!

Essas mentes que promovem só o mal
Agora mais conhecido por terrorismo
E consideram como actos de heroísmo
Imolar-se para matar o inocente real.

Mas são tão covardes como assassinos
Às ordens de homens do diabo, felinos
Matam inocentes sem nenhuma razão.

Com o seu ódio a todo o nosso mundo
Assassinam com o seu espírito imundo
Mas em nome da sua diabólica nação.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 30/07/2016

Foto: Net

sexta-feira, 29 de julho de 2016

SONHO DE PAIXÃO









































Manuel Mar. ”Poesia”

SONHO DE PAIXÃO

Numa noite calma e sentimental
Serrei meus olhos já adormecidos
E desliguei-me dos meus sentidos
Esperando o meu sonho habitual.

O sonho de dormirmos abraçados
O que só nos meus sonhos consigo
E que nunca pude dormir contigo
Tais desejos não foram alcançados.

O meu amor por ti foi imaginado
Vivi a amar-te como o desterrado
Que se vê longe da pátria amada!

E embalo-me nesse sonho eterno
Mas como condenado ao inferno
Minha paixão foi por ti recusada.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 29/07/2016

Foto: Net

A MALDITA GUERRA



























Manuel Mar. “Poesia”

A MALDITA GUERRA

Dizer mal da guerra com poesia
Talvez não seja a via apropriada
Um poema é um hino de alegria
Como tributo à grande simpatia
Ou a algo que teve a sua piada.

Mas quando a situação está mal
Como é a dos nos últimos tempos
O poeta sofre como ser espiritual
Mas sente o seu corpo de animal
A passar por imensos tormentos.

Mas a arma do poeta é a caneta
Não usa pistola nem as granadas
Mas faz da caneta uma corneta
E dá alerta se a coisa está preta
Por querer as vidas melhoradas.

As guerras são ódios e vinganças
E que vitimam pessoas inocentes
Homens, mulheres e as crianças
Criminosos que fazem matanças
A invocar seu Deus como crentes.

Mas é pura mentira infundada,
Nenhum Deus é patrono do mal
São homens de alma revoltada
E que de bons já não tem nada
Só mostram o seu ódio infernal.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,29/07/2016

 Foto: Net

SEMPRE HEI-DE AMAR-TE
































Manuel Mar. ”Poesia”

SEMPRE HEI-DE AMAR-TE

Sempre hei-de amar-te intensamente
E a todo o momento só pensarei em ti
Porque foi naquela hora em que te vi
Que te desejei tão apaixonadamente!

Ao ver-te a sair das ondas dessa praia
Rejubilou a minha alma só por te ver
Eu queria que isso viesse a acontecer
Porque desejava ver-te mas sem saia!

Mas sei que te amo tão perdidamente
Que desejo viver contigo eternamente
Se a esta declaração me deres teu sim!

Eu desejo dar-te amor na minha vida
E quero que fiques muito convencida
De que te amarei mais do que a mim!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 29/07/2016

Foto: Net

O PODER DAS TREVAS
























Manuel Mar. ”Poesia”

O PODER DAS TREVAS

Renasceu o maldito poder das trevas
Orquestrado pela doutrina terrorista
Espalhar a morte é seu ponto de vista
Que ao deus do ódio faz as suas rezas.

Mas é somente uma ideologia infernal
Que transforma o homem numa besta
Recrutam gente que para nada presta
E que matar o inocente tem por ideal.

Esses jovens que se condenam à morte
Porque da sua vida perderam o norte
Na sua alma não há justiça nem amor.

Está o mundo à beira da guerra total
Os inocentes que tiveram morte fatal
Reclamam um fim para tanto pavor.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,29/07/2016

Foto: Net

quinta-feira, 28 de julho de 2016

A MORTE ESTEVE À MINHA PORTA























A Santificação de Dom Nuno Álvares Pereira

Manuel Mar. ”Poesia”

A Morte Esteve à Minha Porta!

Ao regressar de férias fiquei doente
Fui ao médico durante vários meses
E fiz exames e análises muitas vezes
Mas não tive resultado concludente.

Certo dia senti-me com a falta de ar
Fui logo à consulta mas ao Hospital
Eu já estava com a saúde muito mal
Quase senti a minha morte a chegar.

Lá fiquei a oxigénio e fizeram o TAC
Que acusou uma embolia pulmonar.
Há sete anos o Varfine ando a tomar!

Tinha passado um ano sem eu saber
O meu mal; ninguém mo quis dizer.
Foi um milagre; Deus me quis salvar!

Nota:
O último verso é uma conclusão
de caracter totalmente poético, pese
embora, eu tenha rogado  ajuda ao
Beato Dom Nuno Álvares Pereira, que
nessa altura foi Santificado.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 29/07/2016

Foto: Net

LÁGRIMAS SALGADAS































Manuel Mar. ”Poesia”

Lágrimas Salgadas!

Olhando as ondas do mar agitadas
Sentado numa rocha junto à praia
Lá onde o teu corpo quase desmaia
E da face correm lágrimas salgadas.

Chorando tuas lágrimas de saudade
E mágoas já escondidas pelo tempo
Da sorte do teu grande salvamento
Por naufragares numa tempestade.

Esse barco era a tua grande riqueza
Que a pescar livravas-te da pobreza
E agora vives com muita dificuldade.

A tua vida tão triste e enconformada
Salvou-se de ser lá no mar, enterrada
Ora a Deus! Ele te salvou por piedade!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 28/07/2016

Foto: Net