terça-feira, 17 de maio de 2016

LIÇÃO DE POESIA


























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Lição de Poesia!

A mãe quis que eu fosse professor,
Porque já havia muitos na família,
Mas eu optei por ser antes tradutor,
Ela bateu colher de pau na mobília.

Mas a razão estava só do meu lado,
Todavia para tudo há que ter sorte,
Em Inglês e em Francês eu era forte,
Eu tinha muitas palavras decorado.

Fui mais de quarenta anos tradutor,
Fazia muitas viagens ao estrangeiro,
Nesse tempo ganhava bom dinheiro,
Quatro vezes mais que um professor.

Agora que já estou quase um velho,
Só dou lições da arte de fazer poesia,
Divulgando o que escrevo dia a dia,
Mas leiam só o que é bom, aconselho.

Anda por ai tanta coisa mal escrita,
Parece poesia mas é pura falsidade,
Eu afirmo porque é grande verdade,
É o caixote do lixo e muito me irrita.

Há pessoas que tiraram a faculdade,
E que nem sequer aprenderam a ler,
Agora parecem doutores a escrever,
A sua escrita é a nova barbaridade.

Torres Novas, 18/05/2016
Foto: Net

LIÇÃO DE POESIA


























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Lição de Poesia!

A mãe quis que eu fosse professor,
Porque já havia muitos na família,
Mas eu optei por ser antes tradutor,
Ela bateu colher de pau na mobília.

Mas a razão estava só do meu lado,
Todavia para tudo há que ter sorte,
Em Inglês e em Francês eu era forte,
Eu tinha muitas palavras decorado.

Fui mais de quarenta anos tradutor,
Fazia muitas viagens ao estrangeiro,
Nesse tempo ganhava bom dinheiro,
Quatro vezes mais que um professor.

Agora que já estou quase um velho,
Só dou lições da arte de fazer poesia,
Divulgando o que escrevo dia a dia,
Mas leiam só o que é bom, aconselho.

Anda por ai tanta coisa mal escrita,
Parece poesia mas é pura falsidade,
Eu afirmo porque é grande verdade,
É o caixote do lixo e muito me irrita.

Há pessoas que tiraram a faculdade,
E que nem sequer aprenderam a ler,
Agora parecem doutores a escrever,
A sua escrita é a nova barbaridade.

Torres Novas, 18/05/2016
Foto: Net

A MINHA ROSA



























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Minha Rosa!

A minha paixão pelas lindas rosas,
Nasceu um dia espontaneamente,
E fiz tudo para guardar a semente,
Porque eram tão belas e formosas.

Mas essa semente não quis nascer,
E eu fiquei muito triste e desolado,
Que fui falar com o vizinho do lado,
Para saber como deveria proceder.

E disse-me ele: “A rosa é muito bela,
Mas é velhaca e só pega por estaca,
Tem os espinhos que picam a gente”.

Que picava já isso sabia bem dela,
Sobre o resto a sabedoria era fraca,
Graças ao vizinho fiquei contente.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

A MINHA ROSA



























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

A Minha Rosa!

A minha paixão pelas lindas rosas,
Nasceu um dia espontaneamente,
E fiz tudo para guardar a semente,
Porque eram tão belas e formosas.

Mas essa semente não quis nascer,
E eu fiquei muito triste e desolado,
Que fui falar com o vizinho do lado,
Para saber como deveria proceder.

E disse-me ele: “A rosa é muito bela,
Mas é velhaca e só pega por estaca,
Tem os espinhos que picam a gente”.

Que picava já isso sabia bem dela,
Sobre o resto a sabedoria era fraca,
Graças ao vizinho fiquei contente.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

IMPROVISO























O RELICÁRIO
Autor: Manuel Mar.

Improviso!

Os versos clássicos fazem rimas,
Os modernos de belas palavras,
E nem todas elas parecem finas,
Algumas até parecem escravas,
A correr e fugindo das esquinas,
Se não terão de pagar as favas,
Pois as Musas são todas malinas.

Os poetas escolhem belos temas,
Quando as Musas lhes dão sorte,
Mas são elas que escolhem cenas,
Sejam elas de vida ou de morte,
Sempre nas tardes mais serenas,
Elas se mostram de lindo porte,
E severas como feras nas arenas.

O pensamento de muitos poetas
É mais veloz do que os seus dias,
Às vezes mais velozes que setas,
Mas nunca se livram de arrelias,
Ao escrever palavras incorrectas,
Parece que fazem até judiarias,
Que são alcunhados de patetas.

Eu não sou na poesia um racista,
Nem nunca fui um poeta radical,
Não sinto dotes de ser ilusionista,
Sou poeta absolutamente normal,
Mas todo o poeta pode ser artista,
Mesmo se não seja nada especial,
Nenhum poeta pode ser vigarista.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

IMPROVISO























O RELICÁRIO
Autor: Manuel Mar.

Improviso!

Os versos clássicos fazem rimas,
Os modernos de belas palavras,
E nem todas elas parecem finas,
Algumas até parecem escravas,
A correr e fugindo das esquinas,
Se não terão de pagar as favas,
Pois as Musas são todas malinas.

Os poetas escolhem belos temas,
Quando as Musas lhes dão sorte,
Mas são elas que escolhem cenas,
Sejam elas de vida ou de morte,
Sempre nas tardes mais serenas,
Elas se mostram de lindo porte,
E severas como feras nas arenas.

O pensamento de muitos poetas
É mais veloz do que os seus dias,
Às vezes mais velozes que setas,
Mas nunca se livram de arrelias,
Ao escrever palavras incorrectas,
Parece que fazem até judiarias,
Que são alcunhados de patetas.

Eu não sou na poesia um racista,
Nem nunca fui um poeta radical,
Não sinto dotes de ser ilusionista,
Sou poeta absolutamente normal,
Mas todo o poeta pode ser artista,
Mesmo se não seja nada especial,
Nenhum poeta pode ser vigarista.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

É CUSTOSO DIZER ADEUS



























O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

É Custoso Dizer Adeus!

Menino e de pouca idade,
Deixei a casa de meus pais,
Parti para a cidade,
Para estudar,
E vir a ser alguém!?
Mas na hora do adeus,
O coração gemia de dor,
As lágrimas corriam e escorriam
Quase como a água na fonte,
E o meu coração de menino,
Cheio de mágoa e dor,
Sofrendo com nunca,
Parecia que rebentava,
Era já saudade,
Que tanto o atormentava,
E naquela hora da partida,
A primeira despedida,
Dos meus queridos pais,
Era cruel de mais,
Ainda soltei alguns ais,
Mas o tempo estava contado,
Beijei os meus pais e irmãos,
Disse-lhes Adeus,
Adeus que me vou embora,
Peguei na mala e parti.
E depois lá na cidade,
Onde não conhecia ninguém,
Foi tremenda a saudade,
Que me dava vontade de fugir,
E de voltar para os meus.
Mas… os dias foram passando,
O meu trabalho era estudar,
E a saudade se fechou no coração,
Mas à noite ao deitar,
Uma lágrima aparecia,
Era a saudade que morria.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

É CUSTOSO DIZER ADEUS



























O Meu Relicário
Autor: Manuel Mar.

É Custoso Dizer Adeus!

Menino e de pouca idade,
Deixei a casa de meus pais,
Parti para a cidade,
Para estudar,
E vir a ser alguém!?
Mas na hora do adeus,
O coração gemia de dor,
As lágrimas corriam e escorriam
Quase como a água na fonte,
E o meu coração de menino,
Cheio de mágoa e dor,
Sofrendo com nunca,
Parecia que rebentava,
Era já saudade,
Que tanto o atormentava,
E naquela hora da partida,
A primeira despedida,
Dos meus queridos pais,
Era cruel de mais,
Ainda soltei alguns ais,
Mas o tempo estava contado,
Beijei os meus pais e irmãos,
Disse-lhes Adeus,
Adeus que me vou embora,
Peguei na mala e parti.
E depois lá na cidade,
Onde não conhecia ninguém,
Foi tremenda a saudade,
Que me dava vontade de fugir,
E de voltar para os meus.
Mas… os dias foram passando,
O meu trabalho era estudar,
E a saudade se fechou no coração,
Mas à noite ao deitar,
Uma lágrima aparecia,
Era a saudade que morria.

Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

O MEU AMOR É VADIO


























Relicário do Fado
Autor: Manuel Mar

O Meu Amor é Vadio!

Meu amor sabes bem o que eu sinto,
Já me cansei de te dizer que te amo,
Pois não te vejo há mais de um ano,
Tua vida não passa de um labirinto.

Tu fazes uma vida de grande vadio,
Mas com palavras doces me enganas,
E não suporto mais tantas patranhas,
Já nem és quem há muito me seduziu.

Tanta falta que tu sempre me fazias,
Agora já não vou pensar mais em ti,
O amor por ti já quase todo o perdi,
Nem me quero lembrar das arrelias.

Por tudo isso faz-me mais um favor,
De não voltares mais a me aparecer,
Porque eu agora te quero esquecer,
Já não suporto a tua falta de amor.

Até a saudade que no peito sentia,
Tua indiferença a acabou de matar,
Por isso eu por ti não posso esperar,
Vivo infeliz, já perdi minha alegria.

Torres Novas, 17/05/2016
Foto: Net

O MEU AMOR É VADIO


























Relicário do Fado
Autor: Manuel Mar

O Meu Amor é Vadio!

Meu amor sabes bem o que eu sinto,
Já me cansei de te dizer que te amo,
Pois não te vejo há mais de um ano,
Tua vida não passa de um labirinto.

Tu fazes uma vida de grande vadio,
Mas com palavras doces me enganas,
E não suporto mais tantas patranhas,
Já nem és quem há muito me seduziu.

Tanta falta que tu sempre me fazias,
Agora já não vou pensar mais em ti,
O amor por ti já quase todo o perdi,
Nem me quero lembrar das arrelias.

Por tudo isso faz-me mais um favor,
De não voltares mais a me aparecer,
Porque eu agora te quero esquecer,
Já não suporto a tua falta de amor.

Até a saudade que no peito sentia,
Tua indiferença a acabou de matar,
Por isso eu por ti não posso esperar,
Vivo infeliz, já perdi minha alegria.

Torres Novas, 17/05/2016
Foto: Net

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ABRAÇOS APERTADOS





















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Abraços Apertados!

Todo o amor é sempre carente,
De beijos, abraços, de carinhos,
Quem ama de coração e mente,
Tem sempre seu amor presente,
Para seguir feliz, seus caminhos.

Andar aos beijos é pois normal,
Como dar os abraços apertados,
A vida amorosa é fundamental,
Para gerar os filhos desse casal,
Vendo os seus sonhos realizados.

Com seus beijos crescem desejos,
Até seus lábios arder em chama,
Originando tantos longos beijos,
Dando seus abraços tão meigos,
Que os levam juntos até à cama.

Na cama só dormem abraçados,
E renovando suas juras de amor,
Os dois loucamente apaixonados,
Mantem os seus corpos agarrados,
Gozando suas delícias com fervor.

O amor mantem acesa a chama,
Que os une numa enorme paixão,
Mas vão ter que deixar sua cama,
Porque seu estômago já reclama,
São horas de tomar uma refeição.

Torres Novas,17/05/2016

 Foto: Net

ABRAÇOS APERTADOS





















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Abraços Apertados!

Todo o amor é sempre carente,
De beijos, abraços, de carinhos,
Quem ama de coração e mente,
Tem sempre seu amor presente,
Para seguir feliz, seus caminhos.

Andar aos beijos é pois normal,
Como dar os abraços apertados,
A vida amorosa é fundamental,
Para gerar os filhos desse casal,
Vendo os seus sonhos realizados.

Com seus beijos crescem desejos,
Até seus lábios arder em chama,
Originando tantos longos beijos,
Dando seus abraços tão meigos,
Que os levam juntos até à cama.

Na cama só dormem abraçados,
E renovando suas juras de amor,
Os dois loucamente apaixonados,
Mantem os seus corpos agarrados,
Gozando suas delícias com fervor.

O amor mantem acesa a chama,
Que os une numa enorme paixão,
Mas vão ter que deixar sua cama,
Porque seu estômago já reclama,
São horas de tomar uma refeição.

Torres Novas,17/05/2016

 Foto: Net

O MUNDO DAS MULHERES























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

O Mundo das Mulheres!

Há muita conversa fiada
A respeito das mulheres
Talvez fosse bom lembrar
Que sem elas
Não estaria cá ninguém
Nisso estamos todos
Certamente em acordo
Não há mulheres iguais
Pelo menos fisicamente
Mas os critérios de beleza
Para cada um é diferente
Sejam elas bonitas
Feias ou gordas
Novas ou velhas
Todas podem ser boas esposas
E serem também boas mães
Há quem diga:
Até um trapo velho
Pode ter boa serventia
A mulher bela
Não tem a sua beleza
Nunca garantida
A feia também
Muda com a idade
Toda a gente
Sabe dessa verdade
Mas a vida de alguns
É de falsidade
Fazem da mentira
A sua verdade
Emitindo opiniões maliciosas
Mas todos sabem que as flores
São todas muito lindas
Especialmente as belas rosas
Por serem de todas as mais formosas
Fisicamente as mulheres
São todas belas como se fossem flores
Mais formosas ou menos formosas
Todas podem ser puros amores
Não vale a pena falar das qualidades
Porque alguns têm muitos dons
Outros terão menos
Conceitos de beleza
Cada qual tem o seu
Uns vêem tudo belo como um céu
Outros preferem ser como o diabo
E donos do mau-olhado
Mas ao fim ao cabo
Somos todos filhos da natureza
E só ela encerra toda a beleza.

Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

O MUNDO DAS MULHERES























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

O Mundo das Mulheres!

Há muita conversa fiada
A respeito das mulheres
Talvez fosse bom lembrar
Que sem elas
Não estaria cá ninguém
Nisso estamos todos
Certamente em acordo
Não há mulheres iguais
Pelo menos fisicamente
Mas os critérios de beleza
Para cada um é diferente
Sejam elas bonitas
Feias ou gordas
Novas ou velhas
Todas podem ser boas esposas
E serem também boas mães
Há quem diga:
Até um trapo velho
Pode ter boa serventia
A mulher bela
Não tem a sua beleza
Nunca garantida
A feia também
Muda com a idade
Toda a gente
Sabe dessa verdade
Mas a vida de alguns
É de falsidade
Fazem da mentira
A sua verdade
Emitindo opiniões maliciosas
Mas todos sabem que as flores
São todas muito lindas
Especialmente as belas rosas
Por serem de todas as mais formosas
Fisicamente as mulheres
São todas belas como se fossem flores
Mais formosas ou menos formosas
Todas podem ser puros amores
Não vale a pena falar das qualidades
Porque alguns têm muitos dons
Outros terão menos
Conceitos de beleza
Cada qual tem o seu
Uns vêem tudo belo como um céu
Outros preferem ser como o diabo
E donos do mau-olhado
Mas ao fim ao cabo
Somos todos filhos da natureza
E só ela encerra toda a beleza.

Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

AO NORTE DO RIBATEJO


















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Ao Norte do Ribatejo!

Ao norte do Ribatejo beijando a serra,
Na terra que foi rainha dos figueirais,
Onde agora quase só se vêem pardais,
A situação de crise faz lembrar guerra.

Dos figueirais só restam uns esqueletos,
As grandes fábricas foram encerradas,
Muitas gentes estão agora emigradas,
Mas ainda restam muitos analfabetos.

Há quem diga que isto é um progresso,
Para mim que não me sinto ignorante,
Andamos a viver às custas da Europa.

A dívida avança para o grande excesso,
Acabar o desemprego ninguém garante,
Haja alguém que os faça mudar de rota.

Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

AO NORTE DO RIBATEJO


















O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Ao Norte do Ribatejo!

Ao norte do Ribatejo beijando a serra,
Na terra que foi rainha dos figueirais,
Onde agora quase só se vêem pardais,
A situação de crise faz lembrar guerra.

Dos figueirais só restam uns esqueletos,
As grandes fábricas foram encerradas,
Muitas gentes estão agora emigradas,
Mas ainda restam muitos analfabetos.

Há quem diga que isto é um progresso,
Para mim que não me sinto ignorante,
Andamos a viver às custas da Europa.

A dívida avança para o grande excesso,
Acabar o desemprego ninguém garante,
Haja alguém que os faça mudar de rota.

Torres Novas, 16/05/2016
Foto: Net

CARAS BONITAS























O Relicário
Autor: Manuel Mar.

Caras Bonitas!

O bonito é andar de cara lavada,
Com o seu cabelo bem penteado,
E vestir uma roupa bem asseada.
Até nunca será preciso mais nada,
Para a mulher encontrar agrado.

Até há quem faça tantas caretas,
Só para mostrar que é tão bonita,
Isso é como quem conta as tretas,
Quer sejam as brancas ou pretas,
Nessas jamais ninguém acredita.

Quem não quer mostrar a cara,
É bem capaz de até se esconder,
Não é por ter a cara muito rara,
É mais para se fazer muito cara,
Mas é só isso que dá a entender.

Porém quem melhor se apresenta,
E estando sempre bem arranjada,
Mesmo assim não vai estar isenta,
De ouvir a qualquer boca nojenta:
“Estás bonita mas não vales nada”

Quem só vê caras não vê corações,
Havendo já muita opinião escrita,
Que mulher bonita atrai atenções,
Mas seu coração só vive de ilusões.
Só a de bom coração é mais bonita!

Torres Novas,16/05/2016
 Foto: Net