OS FALSÁRIOS
Autor:
Manuel Mar.
Quem
suborna tem o proveito,
E
poderá nunca ser apanhado,
Quando
a sorte muda de jeito,
O
caldo fica sempre entornado.
Vinho
bebido em vez de leite,
Não
dá muito bom resultado.
Uma
letra depois de ser aceite,
Tem
sempre o prazo marcado.
A
avareza é uma filha ingrata,
Agarra
tudo o que lhe convém,
E tem
grande esperteza e lata,
Para roubar
o que o outro tem.
Só
a verdade é como o azeite,
Que
fica sempre só por cima,
A
esperteza tem o seu enfeite,
Mas
também uma triste sina.
Quem
cabritos anda a vender,
E
que em casa cabras não tem,
Não
tem o aliby para lhe valer,
Tem
a provar de onde eles vêm.
As
falsidades sempre enganam,
Há
gente todos dias enganada,
Os
falsários as burlas inventam,
Toda
a nação é mal governada.
Torres
Novas, 08/05/2015
1 comentário:
Ao virar da esquina todos podemos ser vigarizados e roubados sem qualquer possibilidade de defesa. Como foi possível chegar a um tal estado de calamidade de assaltos de todos os tipos e a toda a hora.
É preciso controlar toda a malandragem antes de ser tarde.
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