sexta-feira, 15 de abril de 2016

TRICAS ETERNAS
























  • Relicário da Nostalgia
  • Autor: Manuel Mar
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  • TRICAS ETERNAS!
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  • Na ânsia da modernidade
  • Até os filhos tratam
  • Os seus pais por tu!
  • Ninguém se dá ao respeito,
  • É tudo camaradagem fixe,
  • Tudo o mais que se lixe,
  • Agora vive-se a reinar,
  • Sempre com muita pinta,
  • Reina a melhor finta,
  • E a boa disposição.
  • Porém!?...
  • Toda a moeda tem duas faces,
  • Uma à vista, outra escondida,
  • Duas faces tem toda a gente,
  • Há a mentira e a verdade,
  • Há o pecado e a virtude,
  • Há os sérios e os fingidos,
  • Os decentes e os indecentes,
  • Os sexos são diferentes,
  • Todos os seres são desiguais,
  • Há variações sexuais,
  • Vemos as caras,
  • Não vemos os corações,
  • São díspares as opiniões.
  • Mas!?...
  • Tudo isso origina as tricas,
  • Entre homens e mulheres,
  • Entre pais e filhos,
  • Entre genros, noras e sogros,
  • Há sempre conflitos novos,
  • Todos querem ter razão,
  • Um diz sim, o outro não,
  • Começou a confusão,
  • Por tudo e por nada,
  • Acaba a fixe camaradagem,
  • Surgem as zangas,
  • Às vezes até há porrada,
  • Originando a separação.
  • Depois!?...
  • Já nem tudo é bonito,
  • O divórcio separa os pais,
  • Os filhos são um problema,
  • Nasce um novo dilema,
  • Mas a vida tem de continuar,
  • Alguns tornam a casar,
  • Ficam com problemas velhos,
  • Mais problemas
  • Surgem de novo,
  • É natural e é moderno,
  • Mas não deixa de ser inferno
  • Cheio de eternas tricas,
  • Onde as almas vivem aflitas,
  • A sua vida é grande calvário,
  • Porque é este o fadário,
  • De quem vive o presente.
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  • Torres Novas, 15/04/2016

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