O RELICÁRIO
Autor: Manuel Mar.
Amor Plangente!
Não reparas no que te
digo,
Quando eu te falo de
amor,
Até o cão do pobre
mendigo
É sempre muito mais
amigo,
Mas come o pão com
bolor.
Mesmo diante de uma fonte,
Dentro de um extenso
olival,
Talvez no aldo de um
monte,
No meio de vasto
horizonte,
E sem ti me sentirei tão
mal.
Sem ti, logo muito me
canso,
Só de olhar sem te poder
ver,
Quando o meu olhar te
lanço,
Sinto o coração em
descanso,
E na alma o amor a
crescer.
Nuvens de formas estranhas,
Por todo o céu correndo vão
Roçando grandes montanhas,
Crescem lá belezas tamanhas,
Que me distraem, mas tu não.
A pomba abraça no ar o
par,
A nuvem não tem essa
graça,
E quando te vejo a
caminhar,
A imensa graça do teu
andar,
É a felicidade que me abraça.
Torres Novas,15/05/2016
Foto: Net
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