domingo, 15 de maio de 2016

AMOR PLANGENTE





















O RELICÁRIO
Autor: Manuel Mar.

Amor Plangente!

Não reparas no que te digo,
Quando eu te falo de amor,
Até o cão do pobre mendigo
É sempre muito mais amigo,
Mas come o pão com bolor.

Mesmo diante de uma fonte,
Dentro de um extenso olival,
Talvez no aldo de um monte,
No meio de vasto horizonte,
E sem ti me sentirei tão mal.

Sem ti, logo muito me canso,
Só de olhar sem te poder ver,
Quando o meu olhar te lanço,
Sinto o coração em descanso,
E na alma o amor a crescer.

Nuvens de formas estranhas,
Por todo o céu correndo vão
Roçando grandes montanhas,
Crescem lá belezas tamanhas,
Que me distraem, mas tu não.

A pomba abraça no ar o par,
A nuvem não tem essa graça,
E quando te vejo a caminhar,
A imensa graça do teu andar,
É a felicidade que me abraça.

Torres Novas,15/05/2016
Foto: Net

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