Manuel Mar. “Poesia”
AS MÁGOAS DA MINH’ALMA…
Os meus olhos rasos de
água,
Dizem que a vida corre
mal,
Mostram também a mágoa,
Que a sua alma lhe
magoa,
De viver esta crise
infernal.
Nunca vivi com muita sorte,
E ando farto de tanto
sofrer,
Minha alma receia a
morte,
Sem dinheiro, gastei o
dote,
Passando fome vou
morrer.
São lágrimas do
desespero,
Que tortura a minha
alma,
A sorte que eu mais
quero,
Com o desejo bem
sincero,
É só viver tudo com
calma.
Este azar que me
persegue,
Também é para todos igual,
O nosso país não
consegue,
Só por andar mal
entregue,
Governar melhor
Portugal.
Todos protestam com
razão,
Mas se esta vida não
mudar,
Vai-se gerar maior
confusão,
Sujeito a dar um
trambolhão,
Eu jamais deixarei de
chorar.
Manuel Mar.
®
Torres Novas,9/07/2016
Foto: Net
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