quinta-feira, 4 de agosto de 2016

AS NOITES DE INSÓNIA

Relicário de Manuel Mar

AS NOITES DE INSÓNIA

Com tantas noites de insónia sofridas
Onde os sonhos me causam só aflição
Por recordarem essas noites perdidas
De tantas dores há muito esquecidas
Que trazem pesar na sua recordação.
 
São sonhos de amor nunca realizados
Que pareciam ser momentos risonhos
Mas, que foram o cabo dos trabalhos
E só por falta de sorte inviabilizados
Que desejei a morte aos meus sonhos.

Tais sonhos são sempre de ansiedade
Eu só gostei dos sonhos da juventude
Que eram sonhos sempre de amizade
A vida corria com muita serenidade
E eram sonhos de amor com virtude.

Agora os sonhos são mais pesadelos
Com chaves perdidas sem encontrar
Já sem me lembrar até dos modelos
Ao perder os anéis só ficam os dedos
E sinto medo de na cama me deitar.

As horas mortas já custam a passar
O pensamento até parece ir ferver
O dia demora sempre para chegar
Mas às vezes até me ponho a rezar
Sentindo insónias até o amanhecer.

Manuel Mar
®
Torres Novas, 4/08/2016

 Foto: Net

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