Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.
As noites quentes do Verão!
Nas noites quentes do
Verão,
Qualquer roupa causa
pavor,
E todos despem o seu
roupão,
E muitos só dormem no
chão,
Quando aperta mais o
calor.
E quando a cama está
quente,
Todos se vão refrescar
na rua,
As ruas ficam cheias de
gente,
Porque o calor tão
inclemente,
Põe toda a gente quase
nua.
Mais sofre quem se
apaixonou,
E se casou no pino desse
Verão,
Porque o calor até os
separou,
Com o mau cheiro que
causou,
No auge dessa sua celebração.
Mas com a fresca
madrugada,
É mais saboroso viver o
Verão,
Muito se abraça gente
amada,
Ao ouvir o toque da
alvorada,
Cheia de amor no seu
coração.
Torres Novas, 30/03/2016