domingo, 7 de agosto de 2016

PORQUÊ PERDOAR!?































Relicário de Manuel Mar

PORQUÊ PERDOAR!?

Não é fácil perdoar
As ofensas ao amor
Seja pelo que for…

Mas Deus ordena
Não se dar a pena
Mas dar o perdão!

Porque ninguém será feliz
Se ao outro condenar
Tudo se deve perdoar!

Não cabe bem na cabeça
Ter que dar o perdão
A quem foi aldrabão!?

A Lei de Deus lá diz…
Quem não perdoar…
O perdão não pode alcançar!

Perante este dilema
Só ao perdoar se pode ser feliz
Sem perdão o mundo é infeliz!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 7/08/2016

Foto: Net

sábado, 6 de agosto de 2016

A VONTADE DE SOBREVIVER
































Relicário de Manuel Mar

A VONTDE DE SOBREVIVER

A vontade de sobreviver que sinto
Coabita a minha alma desde novo
Fiz versos com sabedoria do povo
E foi do povo que herdei o instinto.

As palavras que escrevo em verso
Eram dos velhos de quem as ouvi
Foi com eles que eu tanto aprendi
Eram os senhores do seu universo.

Eram homens rudes trabalhadores
Que a falar pareciam ser doutores
Com sabedoria popular e humana.

Trabalhavam sempre de Sol a Sol
Mas sabiam de cor um grande rol
Da sua cultura religiosa e profana.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,6/08/2016

Foto: Net

O LIVRO DA MEMÓRIA






















Relicário de Manuel Mar

O LIVRO DA MEMÓRIA

                   Tudo o que se passa nesta vida
É descrito no livro da memória
Quer seja desgraça ou vitória.

Lá não há páginas em branco
Só há muitas tristes memórias
Algumas alegrias e as glórias.

Mas não cabem lá as poesias
Que minha pena faz a correr
E que quero fazer até morrer.

Tenho o meu passado descrito
Onde ficará a minha história
Mas dou a mão à palmatória.

Sei que disse muitas mentiras
E sem querer mal a ninguém
Fiz faltas e pecados também.

E se confesso os meus delitos
Espero obter todo o perdão
Porque fui o pobre cidadão.

O meu diário ficará colorido
De tudo o que à vida paguei
E rogo o perdão do que errei.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 6/08/2016

Foto: Net

O MEU SEGREDO

































Relicário de Manuel Mar

O MEU SEGREDO

O meu segredo era estranho
Por nunca parecer o que era…

Não era pequeno de tamanho
Mas era uma grande quimera!

Tive o segredo bem guardado
Nunca falei dele com ninguém.

Eu andava calado e assustado
Porque tinha medo do desdém!

Mas pensava nele tantas vezes
Por não saber bem o que fazer.

Os meus dormires eram leves
Para o segredo não esquecer!

E sonhei a tirar-me um novelo
Que a linha me saia pela boca.

Eu enrolava a linha do cotovelo
Até à mão de forma bem louca.

Depois a linha partiu e acordei
Porque fiquei muito engasgado.

Fui à retrete e tudo, ali vomitei
Mas o segredo ficou guardado!

Manuel Mar.
® Verso dístico
Torres Novas,6/08/2016
Foto: Net

RUAS SINGELAS E BONITAS





























Relicário de Manuel Mar

Ruas Singelas e Bonitas!

As ruas singelas e bonitas
São uma maravilha pura
As casas ficam tão catitas
Graças às flores benditas
Que nos inspiram ternura.

É tão airoso o cheiro delas
Que nos sentimos lá bem
Flores brancas e amarelas
Mas são todas muito belas
O melhor que a vida tem.

Ruas cheias de natureza
O regalo de quem passa
Que tão cheias de beleza
Mostram ser uma riqueza
Ter ali no meio uma casa.

São as flores mais singelas
Que mostram a perfeição
São vermelhas e amarelas
Mas todas parecem belas
E alegram o nosso coração.

Quem vive numa rua bela
Vive na terra e tem o céu
Até os ventos da porcela
Parecem que fogem dela
E não lhe arrancam o véu.

Manuel Mar
®
Torres Novas,6/08/2016

 Foto: Net

NÃO AO ABORTO









































Relicário de Manuel Mar

O NÃO AO ABORTO

Suprimir a vida humana
Será sempre imenso crime
E que ninguém se redime
Ao ter uma mente insana.

Qualquer pobre consciência
Sabe o que é o bem e o mal
Porque matar é tão imoral
Em qualquer jurisprudência.

Matar um feto é só maldade
Ao sacrificar um ser inocente
E nenhuma razão é decente
Quando é crime e crueldade.

Porque quem faz tal acção
Devia-se sentir nesse lugar
E seria capaz de se matar?
Parece-me bem que não!

E aos outros ninguém faça
O que nunca quer para si
Uma máxima que aprendi
Mas para alguns é chalaça.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 6/08/2016

Foto: Net

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A VIDA É ROMANCE































Relicário de Manuel Mar

A VIDA É ROMANCE

A vida é romance de amor
À disposição de quem quer
Seja o homem ou a mulher
Todos gostam do se sabor!

Só no livro se lê o romance
A vida é romance sem livro
Mas é preciso ter olho vivo
A escolher o par que dance!

Se a moda for bem dançada
A vida corre bem encantada
Com alegria e boa amizade.

Se a dança for endiabrada
Acaba tudo até à pancada
O romance foi tempestade.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,6/08/2016

Foto: Net

O MEU SONHO


























Relicário de Manuel Mar

O MEU SONHO

O meu sonho morreu demente!
Transformando-se em pesadelo
Eu procuro-o em vão e sem vê-lo
Sinto tanta insónia permanente.

Passo horas infindas sem dormir
Porque a dormir vem o pesadelo
Como ainda não sei como detê-lo
Não durmo com medo dele surgir!

Já me deito sempre muito tarde
Que até já a vista tanto me arde
Por andar muito tempo acordado.

Dos dias felizes tenho saudade
Porque vivo cheio de ansiedade
De poder dormir despreocupado!

Manuel Mar.
®
Torres Novas,5/08/2016
Foto: Net

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A TERNURA DA PAIXÃO




























Relicário de Manuel Mar

A TERNURA DA PAIXÃO

Quando o amor é profundo
E se transforma em paixão
Enche o seu amado coração
Da maior ternura do mundo.

Porque sua imensa ternura
É o primeiro fruto do amor
Como abelha sugando flor
E colhe o mel que procura.

A paixão gera essa ternura
Como o Sol gera o seu calor
Que é combustível do amor
Porque o abraça e o segura.

Mas a ternura dessa paixão
É gerada pelo corpo e alma
À medida que o seu coração
Acelera e perde a sua calma.

É amor ardendo em chama
Desejando ainda mais festa
E cheio de sono quer é cama
Para dormir uma boa sexta.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 5/08/2016

Foto: Net

JANELAS FLORIDAS































Relicário de Manuel Mar

JANELAS FLORIDAS

A moda das janelas floridas
Já se tornou muito moderna
As rosas são mais preferidas
Por terem cores tão garridas
E que pode ser moda eterna!

O gosto pelas flores é grande
Em muitas cidades do mundo
Na Europa muito se expande
E por onde quer que se ande
O cheiro a flores é profundo!

As janelas ficam multicolores
Com flores de linda qualidade
Que espalham tantos odores
De belas e tão variadas flores
E nos dão prazer e felicidade!

Portugal também tem flores
É gostoso vê-las e cheirá-las
E quem tem muitos amores
Retribui muitos dos favores
Com flores e com grinaldas!

Manuel Mar
®
Torres Novas, 4/08/2016

 Foto: Net

AS NOITES DE INSÓNIA

Relicário de Manuel Mar

AS NOITES DE INSÓNIA

Com tantas noites de insónia sofridas
Onde os sonhos me causam só aflição
Por recordarem essas noites perdidas
De tantas dores há muito esquecidas
Que trazem pesar na sua recordação.
 
São sonhos de amor nunca realizados
Que pareciam ser momentos risonhos
Mas, que foram o cabo dos trabalhos
E só por falta de sorte inviabilizados
Que desejei a morte aos meus sonhos.

Tais sonhos são sempre de ansiedade
Eu só gostei dos sonhos da juventude
Que eram sonhos sempre de amizade
A vida corria com muita serenidade
E eram sonhos de amor com virtude.

Agora os sonhos são mais pesadelos
Com chaves perdidas sem encontrar
Já sem me lembrar até dos modelos
Ao perder os anéis só ficam os dedos
E sinto medo de na cama me deitar.

As horas mortas já custam a passar
O pensamento até parece ir ferver
O dia demora sempre para chegar
Mas às vezes até me ponho a rezar
Sentindo insónias até o amanhecer.

Manuel Mar
®
Torres Novas, 4/08/2016

 Foto: Net

ESTRANHA FORMA DE AMOR







































Relicário de Manuel Mar

ESTRANHA FORMA DE AMOR

Estranha forma de amor
Foi a que tiveste comigo
Lembrar-me não consigo
Tão grande é minha dor!

Porque as lágrimas tuas
Ao caírem na minha mão
Converteram-se em filão
De pedras preciosas nuas.

Guardei-as no cofre meu
Com o amor que foi teu
E toda a minha paixão.

Quis matar o meu sofrer
Teu amor, não posso ter
Mas guardo a recordação.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 4/08/2016

Foto: Net

AO CORRER DA PENA








































Relicário de Manuel Mar

AO CORRER DA PENA

Quem julga que tudo sabe
Já não passa da cepa torta
O saber não bate na porta
De quem tem tal vaidade!

Quem se julga importante
Perde muito do seu tempo
O cabelo torna-se cinzento
Tudo muda num instante!

Quem se arroga de sabido
Tem que ter muito cuidado
Para não se achar perdido
Na primeira dificuldade!

Não pagar o que se deve
Não dá sorte a ninguém
Torna-se ladrão também
A dívida nunca prescreve.

O mundo viveria melhor
Se não houvesse maldade
Quem não diz a verdade
Faz o mundo muito pior!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 4/08/2016

Foto: Net

SONHEI SER POETA
































Relicário de Manuel Mar

SONHEI SER POETA

Ser poeta foi o meu sonho
Só via o mundo encantado
Senti a pobreza a meu lado
Mas tudo parecia risonho!

Não havia tanta maldade
Se havia, vivia escondida
Não havia gente perdida
Mas havia mais caridade!

Mas do sonho à realidade
Rebusquei mais a verdade
E perdi esse doce encanto!

Hoje que há mais riqueza
Ainda vive pior a pobreza
E é maior a dor e o pranto!


Manuel Mar.
®
Torres Novas,4/08/2016

Foto: Net

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A REMAR CONTRA A MARÉ




























Relicário de Manuel Mar

A REMAR CONTRA A MARÉ

A remar contra a maré da sorte
Levo o meu lindo batel à deriva
Sentindo a alma a gemer cativa
Tentando livrar-se da sua morte.

Eu recolhi da vida imensas lições
Que assentei bem os pés no chão
Mas o amor bateu a porta do não
Fiquei a remar muitas desilusões.

Já atraquei no cais da esperança
Para ai se remediar a minha vida
Encontrei lá a maré tão agressiva
Era minha vida a pedir vingança.

Mas eu dela não me quero vingar
A sua morte foi no dia que partiu
E merece castigo porque me traiu
Mas só Deus é que a pode castigar.

Eu porque tenho a fé de ser cristão
Segui o que Deus disse na sua Lei:
Àquele que perdoa Eu perdoarei…
Vivo tranquilo, já lhe dei o perdão.

Manuel Mar
Torres Novas,3/08/2016

 Foto: Net

AS COINCIDÊNCIAS

























Relicário de Manuel Mar

As Coincidências!

As coincidências são vulgares
Assim são também os ciúmes
Diferentes são só os perfumes
Bem como todos os paladares.

Se tiver ciúmes de meus versos
Escreva também versos lindos
Porque, os versos são infindos
Todos os ciúmes são perversos.

Porque os versos que são lindos
Reflectem a alma tão ardente
De quem é sábio e inteligente
E vive nos seus sonhos infindos.

Haver ciúmes dos meus poemas
Nem acredito que seja verdade
Se for, será apenas só maldade
Gente que vive com problemas.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 3/08/2016

Foto: Net