terça-feira, 12 de julho de 2016

O DIA DA BELA CRUZ (3 DE MAIO)







































OS CONTOS DE MANFER

O DIA DA BELA CRUZ


Dia da Bela Cruz - 3 de Maio

Dos jornais:

“Não são apenas as festividades rurais ligadas ao primeiro de Maio a merecer reparo pela sua expressividade popular, cumpridas, ciclicamente, em rituais e crenças. Também os dias 2 e 3 de Maio são celebrados entre nós com idênticas manifestações de carácter festivo, comportando todas elas praxes cerimoniais específicas.

Enquanto algumas têm origem em ritos pagãos campestres perfilhados pela Igreja, outras têm por intenção invocar, tão-só, factos ou mitos considerados dignos de relevância. Umas e outras a misturar na sua componente o histórico, o religioso e o profano, particularmente entre a comunidade rural, onde crenças e práticas rituais continuam a verificar-se em datas festivas, como herança perpetuada até aos nossos dias. Já na antiga Roma tinham lugar nos dias 1, 2 e 3 de Maio, as Florais ou Florálias, festas celebradas em louvor de Flora, deusa das flores e mãe da Primavera.

Amada por Zéfiro, vento do oeste, e venerada pelos Sabinos – antes da submissão deste povo aos Romanos, em 220 a.C., e da própria fundação de Roma – , Flora apresentava-se no seu templo, no Quirinal, uma das sete colinas onde foi construída Roma, permanentemente adornada com grinaldas de flores.

As celebrações tiveram, de início, um carácter campestre e popular, com jogos e danças, mas acabaram por tornar-se extremamente licenciosas.
Daí, ser provável, a eventual relação entre as celebrações a Flora e as comemorações rituais campestres que se efectuam no nosso e noutros países nos três primeiros dias de Maio, principalmente no dia 3 – dia da Santa Cruz, ou dia das Cruzes, dia da Bela Cruz, ou dia da Vera Cruz – , data em que se regista uma das mais antigas solenidades litúrgicas da Igreja, já celebrada em Jerusalém no tempo do imperador romano Constantino, baseada na exaltação do triunfo de Cristo sobre a morte.”

 Já Roma festejava a deusa Flora, as chamadas festa da primavera com caracter licencioso de festas mundanas e pagãs.
Com o decorrer dos séculos a Santa Madre Igreja cristianizou as festas da primavera e inúmeras festas e romarias ainda proliferam nestes dias de norte a sul do País, com uma praxe que é comum a todas elas: a de enfeitar com flores variadas, verdura, rosmaninho e «cordões de maias» (giestas) as fontes, os cruzeiros.

Em muitos sítios, até, as campas dos cemitérios e as encruzilhadas eram enfeitadas, para «proteger as pessoas e os animais dos malefícios das bruxas«.

MANFER
®
Torres Novas, 1/06/2015

Foto: Net

O TABELIÃO








































                  OS CONTOS DE MANFER
                 
                  O TABELIÃO
                 
Na minha aldeia, o meu avô paterno, Manuel Ferreira, era um autêntico tabelião popular.
Muitos dos habitantes recorriam aos seus préstimos, quer fosse para escrever uma carta, um contrato de compra ou venda, ou para fazer a partilha de uma herança.
Este meu avô pertencia a uma família abastada mas o seu pai, meu bisavô, viciou-se no jogo da manilha e perdeu o que tinha e não tinha.
Isso levou o meu avô, mais tarde, a proibir aos filhos qualquer espécie de jogo.
Tudo isto, bem como o relato seguinte, me foi contado por meu pai, António Ferreira, nas grandes noites da minha infância, em que ele obrava verga e me falava de muita coisa da sua juventude.
Contou-me, também, que o meu avô era um homem que tinha várias actividades, que foi muitos anos mestre de lagar de azeite, pequeno agricultor que vendia semanalmente os seus produtos agrícolas e pecuàrios nos mercados da região de Torres Novas, Ourém e Tomar. Que ele possuía muitos burros para o seu trabalho e para alugar às pessoas para se deslocarem aos referidos mercados.
 Meu avô era o dono, também, de uma propriedade chamada Ribeira, ou casal, que tinha uma casa de habitação e um palheiro para guardar os burros, o que, afinal, é a principal razão de te contar esta história, pelo facto de o meu avô ser, também, um homem que amestrava alguns dos seus burros, para fazer o transporte da sua casa na aldeia para a dita propriedade, e vice-versa, sem que fosse preciso mandar alguém a conduzi-los.
Seguindo esse exemplo, há muitos anos, tentei amestrar um burro do meu pai, mas o sujeito era tão teimoso, que só avançava quando eu, indo por trás, lhe puxava o rabo.
Isto, pode crer, é uma história verdadeira.

Manfer
®
Torres Novas, 1/06/2015
Foto: Manuel Ferreira (Avô)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

ACREDITAR NO AMOR
































Manuel Mar.”Poesia”

ACREDITAR NO AMOR

Quando o amor aparece na vida,
Começa a bater forte o coração,
E a alma fica muito enternecida,
Pelo desabrochar da sua paixão.

Mas é preciso acreditar no amor,
E vivê-lo sem entrar em fantasia,
E evitar situações de melancolia
Que conduzem à tristeza e à dor.

O amor nunca suporta ser tumba,
Bem adornada de rosas murchas,
Porque só quer ser alegre e feliz.

E se no primeiro exame chumba,
Cada um lá leva as suas trouchas,
Porque ninguém quer ser infeliz.

Manuel Mar.
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

ACREDITAR NO AMOR
































Manuel Mar.”Poesia”

ACREDITAR NO AMOR

Quando o amor aparece na vida,
Começa a bater forte o coração,
E a alma fica muito enternecida,
Pelo desabrochar da sua paixão.

Mas é preciso acreditar no amor,
E vivê-lo sem entrar em fantasia,
E evitar situações de melancolia
Que conduzem à tristeza e à dor.

O amor nunca suporta ser tumba,
Bem adornada de rosas murchas,
Porque só quer ser alegre e feliz.

E se no primeiro exame chumba,
Cada um lá leva as suas trouchas,
Porque ninguém quer ser infeliz.

Manuel Mar.
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS DE FUTEBOL DE 2016








































Manuel Mar. ”Poesia”

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS
DE FUTEBOL DE 2016

Portugal, que foi a maior Nação
No antigo tempo da descoberta,
Deixou a Europa de boca aberta,
Ao fazer-se da Europa Campeão.

A França jogou só com crueldade,
E maltratou o capitão português,
Mas foi depenado o galo francês,
E Portugal jogou com humildade.

Mas não lhes valeu mesmo nada,
Terem lá tratado mal o nosso Rei,
Porque a garra dos outros bastou.

Até o Napoleão perdeu a jogada,
Quando nos quis mostrar sua Lei,
Mas ele também bem nos roubou.

Manuel Mar.
Torres Novas, 10/07/2016

Foto: Net

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS DE FUTEBOL DE 2016








































Manuel Mar. ”Poesia”

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS
DE FUTEBOL DE 2016

Portugal, que foi a maior Nação
No antigo tempo da descoberta,
Deixou a Europa de boca aberta,
Ao fazer-se da Europa Campeão.

A França jogou só com crueldade,
E maltratou o capitão português,
Mas foi depenado o galo francês,
E Portugal jogou com humildade.

Mas não lhes valeu mesmo nada,
Terem lá tratado mal o nosso Rei,
Porque a garra dos outros bastou.

Até o Napoleão perdeu a jogada,
Quando nos quis mostrar sua Lei,
Mas ele também bem nos roubou.

Manuel Mar.
Torres Novas, 10/07/2016

Foto: Net

O VIGARISTA




























Manuel Mar. “Poesia”

O VIGARISTA!

Mote
Ter olhos bem abertos,
O mundo é dos espertos.
Mas para pagar e morrer,
O melhor é nunca correr.
I
O vigarista é um espertalhão,
Que vive à custa dos papalvos,
Dele não estamos nunca salvos,
Todo o vigarista é um aldrabão,
Que sabe escolher bem os alvos,
E faz os outros serem os parvos,
Quando apanham uma ocasião,
Jogam com quem é interesseiro,
Induz o ganho fácil do dinheiro,
E cai na esparrela o parvalhão.
II
São mestres no conto do vigário,
Simulando fazer um bom favor,
E começam sempre por propor,
Bom negócio do tipo da China,
E logo o freguês bem se anima,
Cai na esparrela como otário.
Ele compromete-se a lá voltar,
Depois das voltas que vai dar,
Então o vigarista desaparece,
Mas dessa forma se enriquece.
III
Basicamente é só com engano,
Que um vigarista se aproveita,
É bem conhecida a sua receita,
Mas cai lá sempre mais gente,
E que continua tão frequente,
Dada a avidez do ser humano,
Nódoa que cai no melhor pano,
O vigarista todo engravatado,
Faz clientes em qualquer lado,
Mas só para lhes causar dano.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 11/07/2016

Foto: Net

O VIGARISTA




























Manuel Mar. “Poesia”

O VIGARISTA!

Mote
Ter olhos bem abertos,
O mundo é dos espertos.
Mas para pagar e morrer,
O melhor é nunca correr.
I
O vigarista é um espertalhão,
Que vive à custa dos papalvos,
Dele não estamos nunca salvos,
Todo o vigarista é um aldrabão,
Que sabe escolher bem os alvos,
E faz os outros serem os parvos,
Quando apanham uma ocasião,
Jogam com quem é interesseiro,
Induz o ganho fácil do dinheiro,
E cai na esparrela o parvalhão.
II
São mestres no conto do vigário,
Simulando fazer um bom favor,
E começam sempre por propor,
Bom negócio do tipo da China,
E logo o freguês bem se anima,
Cai na esparrela como otário.
Ele compromete-se a lá voltar,
Depois das voltas que vai dar,
Então o vigarista desaparece,
Mas dessa forma se enriquece.
III
Basicamente é só com engano,
Que um vigarista se aproveita,
É bem conhecida a sua receita,
Mas cai lá sempre mais gente,
E que continua tão frequente,
Dada a avidez do ser humano,
Nódoa que cai no melhor pano,
O vigarista todo engravatado,
Faz clientes em qualquer lado,
Mas só para lhes causar dano.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 11/07/2016

Foto: Net

domingo, 10 de julho de 2016

O AMOR É INSACIÁVEL









































Manuel Mar. “Poesia”

O AMOR É INSACIÁVEL

O teu toque a minha pele seduz,
E deixa o meu olhar adormecido,
E a tal ânsia de amor me conduz,
Ao intenso desejo de apagar a luz,
E contigo fazer o amor apetecido.

O teu toque hipnotiza-me a alma,
E deixa tão frenético meu coração,
Que muito excitada perco a calma,
E deitada sobre a roupa bem alva,
Estremeço e quase louca de paixão.

Todos despidos mas bem abraçados,
Deliramos nesse jardim das delícias,
Momentos que foram tão desejados,
Mas que nunca nos deixam saciados,
Depois dessas maravilhosas carícias.

Mas a áurea celeste da sexualidade,
Causada pelo exercício do sexo puro,
Não sacia as almas em profundidade,
E provoca a euforia com intensidade,
Que só pede que se repita no futuro.

O sexo não é alimento nem nos sacia,
Mas é só ele que se desenvolve a vida,
Que é uma fonte de prazer e alegria,
Une o homem e a mulher a cada dia,
Para gerar filhos de forma divertida.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,10/07/2016

 Foto: Net

O AMOR É INSACIÁVEL









































Manuel Mar. “Poesia”

O AMOR É INSACIÁVEL

O teu toque a minha pele seduz,
E deixa o meu olhar adormecido,
E a tal ânsia de amor me conduz,
Ao intenso desejo de apagar a luz,
E contigo fazer o amor apetecido.

O teu toque hipnotiza-me a alma,
E deixa tão frenético meu coração,
Que muito excitada perco a calma,
E deitada sobre a roupa bem alva,
Estremeço e quase louca de paixão.

Todos despidos mas bem abraçados,
Deliramos nesse jardim das delícias,
Momentos que foram tão desejados,
Mas que nunca nos deixam saciados,
Depois dessas maravilhosas carícias.

Mas a áurea celeste da sexualidade,
Causada pelo exercício do sexo puro,
Não sacia as almas em profundidade,
E provoca a euforia com intensidade,
Que só pede que se repita no futuro.

O sexo não é alimento nem nos sacia,
Mas é só ele que se desenvolve a vida,
Que é uma fonte de prazer e alegria,
Une o homem e a mulher a cada dia,
Para gerar filhos de forma divertida.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,10/07/2016

 Foto: Net

sábado, 9 de julho de 2016

A ALMA RIBATEJANA

 CONSTÂNCIA - RIBATEJO - PORTUGAL






































ESTÁTUA AO POETA LUÍS DE CAMÕES EM CONSTÂNCIA,
TERRA ONDE ELE TERÁ VIVIDO ALGUM TEMPO, SEGUNDO
A TRADIÇÃO POPULAR, E ONDE FOI HOMENAGEADO.


Manuel Mar.”Poesia”

A ALMA RIBATEJANA

A gente campesina do Ribatejo,
Poderia ser bem mais orgulhosa,
Sua grande riqueza é o Rio Tejo,
A Obra de Camões maravilhosa.

O seu colossal poeta consagrado,
Que deu tanta glória a Portugal,
Deveria ser mais homenageado,
Neste seu tão amado país natal.

Mas ninguém se poderá esquecer,
Que o Ribatejo é alma da Nação,
É o Tejo que faz todos trabalhar.

O povo do Ribatejo é rijo a valer,
Neste País não há maior coração,
O gado bravo nunca irá acabar.

Manuel Mar.
Torres Novas, 9/07/2016

Foto: Net

A ALMA RIBATEJANA

 CONSTÂNCIA - RIBATEJO - PORTUGAL






































ESTÁTUA AO POETA LUÍS DE CAMÕES EM CONSTÂNCIA,
TERRA ONDE ELE TERÁ VIVIDO ALGUM TEMPO, SEGUNDO
A TRADIÇÃO POPULAR, E ONDE FOI HOMENAGEADO.


Manuel Mar.”Poesia”

A ALMA RIBATEJANA

A gente campesina do Ribatejo,
Poderia ser bem mais orgulhosa,
Sua grande riqueza é o Rio Tejo,
A Obra de Camões maravilhosa.

O seu colossal poeta consagrado,
Que deu tanta glória a Portugal,
Deveria ser mais homenageado,
Neste seu tão amado país natal.

Mas ninguém se poderá esquecer,
Que o Ribatejo é alma da Nação,
É o Tejo que faz todos trabalhar.

O povo do Ribatejo é rijo a valer,
Neste País não há maior coração,
O gado bravo nunca irá acabar.

Manuel Mar.
Torres Novas, 9/07/2016

Foto: Net

AS MÁGOAS DA MINH'ALMA...






















Manuel Mar. “Poesia”

AS MÁGOAS DA MINH’ALMA…

Os meus olhos rasos de água,
Dizem que a vida corre mal,
Mostram também a mágoa,
Que a sua alma lhe magoa,
De viver esta crise infernal.

Nunca vivi com muita sorte,
E ando farto de tanto sofrer,
Minha alma receia a morte,
Sem dinheiro, gastei o dote,
Passando fome vou morrer.

São lágrimas do desespero,
Que tortura a minha alma,
A sorte que eu mais quero,
Com o desejo bem sincero,
É só viver tudo com calma.

Este azar que me persegue,
Também é para todos igual,
O nosso país não consegue,
Só por andar mal entregue,
Governar melhor Portugal.

Todos protestam com razão,
Mas se esta vida não mudar,
Vai-se gerar maior confusão,
Sujeito a dar um trambolhão,
Eu jamais deixarei de chorar.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,9/07/2016

 Foto: Net

AS MÁGOAS DA MINH'ALMA...






















Manuel Mar. “Poesia”

AS MÁGOAS DA MINH’ALMA…

Os meus olhos rasos de água,
Dizem que a vida corre mal,
Mostram também a mágoa,
Que a sua alma lhe magoa,
De viver esta crise infernal.

Nunca vivi com muita sorte,
E ando farto de tanto sofrer,
Minha alma receia a morte,
Sem dinheiro, gastei o dote,
Passando fome vou morrer.

São lágrimas do desespero,
Que tortura a minha alma,
A sorte que eu mais quero,
Com o desejo bem sincero,
É só viver tudo com calma.

Este azar que me persegue,
Também é para todos igual,
O nosso país não consegue,
Só por andar mal entregue,
Governar melhor Portugal.

Todos protestam com razão,
Mas se esta vida não mudar,
Vai-se gerar maior confusão,
Sujeito a dar um trambolhão,
Eu jamais deixarei de chorar.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,9/07/2016

 Foto: Net