quarta-feira, 13 de julho de 2016

A ESPERTEZA DO RÉU



























Os Contos de Manfer

A ESPERTEZA DO RÉU

Quando era pequeno e ainda se vivia à luz da candeia de azeite no topo da chaminé, não havia ainda rádio ou televisão, ao serão ouvia muitas lendas e velhas histórias contadas quase sempre pela minha avó.
A única distracção que havia era uma grafonola muito antiga que para tocar se rodava uma manivela e saiam músicas muito antigas.
As lendas da minha avó era quase sempre o assunto das grandes noites de inverno com toda a gente sentada ao pé da lareira antiga, onde ardiam os bons cepos de lenha que cortada durante a primavera e seca e guardada no fim do verão.
A casa da minha avó era muito antiga e não havia água canalizada mas sim os cântaros de barro cozido pelo oleiro ou umas bilhas de folha de zinco feitas pelo latoeiro. A lareira era ampla mas só o chão dela era revestido com lajes de pedra. O resto do chão era feito com barro amaçado com palha de trigo e depois era muito bem batido até ficar lizo e rijo.
Mas, hoje, vou contar a lenda da esperteza do acusado inocente, que era um pobre homem muito religioso que foi acusado injustamente de ter assassinado uma mulher que tinha aparecido morta.
O verdadeiro assassino era um barão do reino que para se encobrir do seu repudiante acto espalhou traiçoeiramente um boato incriminando o pobre inocente, que foi prezo e estava sujeito a morrer na forca, porque não tinha testemunhas para se defender. As testemunhas do barão tinham sido compradas por bom dinheiro para jurarem falso e assim o encobrir.
O pobre do réu não tinha nenhuma chance a seu favor a não ser que houvesse um milagre para provar a sua inocência.
O pobre homem foi ouvido pelo juiz e sempre disse que estava inocente.
Mas, o juiz como ele não apresentou testemunhas, tinha que o levar a julgamento e condená-lo.
Havia quem pensasse que o juiz suspeitava da tramóia que havia contra o pobre homem e que o barão seu amigo é que teria todas as culpas.
No dia do julgamento o juiz disse ao réu que queria fazer-lhe um julgamento justo porque era um homem de grande religiosidade e que iria colocar a sorte do réu nas mãos de Deus nosso Senhor, para que o acusado provasse a sua inocência.
E disse o juiz: Nestes dois pedaços de papel vos escrever num a palavra: INOCENTE e no outro: CULPADO, o senhor vai escolher um deles quando eu lhe disser.
O veredicto da sentença será dado pelo que estiver escrito no papel que o Senhor escolher e decidir o seu destino.

Mas, sem que o réu se apercebesse, o juiz escreveu CULPADO em ambos os papéis, para que o acusado não tivesse nenhuma salvação e fosse condenado a morrer na forca.
O juiz colocou os papéis à frente do réu e mandou escolher um.
O homem hesitou mas agarrou um papel que meteu logo na boca e engoliu.
O juiz surpreso e indignado gritou: “Mas o que é que você fez?” “E agora como é que vou saber qual é o veredicto?”

-“É muito fácil!”: respondeu o réu: “Basta ver o que está escrito nesse papel e saberá o que estava no papal que eu engoli”!

O juiz imediatamente o julgou “INOCENTE” e o libertou.

MORAL DA LENDA:

Por muito difícil que seja a situação deve-se sempre ter esperança e cabeça fresca para resolver os problemas e as artimanhas que nos surgem na vida.

Neste caso a esperteza do réu salvou-lhe a vida.

Manfer
®
Torres Novas, 6/06/2015

Foto: Net

terça-feira, 12 de julho de 2016

A SORTE






























Manuel Mar.”Poesia”

A Sorte!

A sorte é desejada por toda a gente,
Como uma riqueza que é felicidade,
Nem sempre corresponde à verdade,
Porque a sorte se esvai e de repente.

Já houve quem teve a Grande Sorte,
Mas não soube acautelar o dinheiro,
Gastou e não fez nenhum mealheiro,
Viveu arrependido até à sua morte.

A sorte é sempre um bom presente,
Para quem souber usar sua mente,
A acautelar e garantir o seu futuro.

Ela é uma princesa muito sedutora,
E sabe menos que qualquer pastora,
Mas, o príncipe, já só come pão duro.

Manuel Mar.
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

A SORTE






























Manuel Mar.”Poesia”

A Sorte!

A sorte é desejada por toda a gente,
Como uma riqueza que é felicidade,
Nem sempre corresponde à verdade,
Porque a sorte se esvai e de repente.

Já houve quem teve a Grande Sorte,
Mas não soube acautelar o dinheiro,
Gastou e não fez nenhum mealheiro,
Viveu arrependido até à sua morte.

A sorte é sempre um bom presente,
Para quem souber usar sua mente,
A acautelar e garantir o seu futuro.

Ela é uma princesa muito sedutora,
E sabe menos que qualquer pastora,
Mas, o príncipe, já só come pão duro.

Manuel Mar.
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

RECADO DE AMOR
































Manuel Mar. ”Poesia”

Recado de Amor!

Foi ao ver o teu olhar tão cintilante,
Que minha alma tanto gostou de ti,
Naquela hora bendita em que te vi,
E que tanto desejei ser teu amante.

Agora que te desejo a cada instante,
Já só quero nos teus caminhos viver,
E da forma gostosa como deverá ser,
Porque tu és para mim tão excitante.

Eu quero conquistar o teu terno olhar,
Porque só a ti eu sinto desejo de amar,
Para ser feliz só contigo eternamente.

Porque tenho por ti amor no coração,
Que a cada dia se torna maior paixão,
Só anseio viver contigo, serenamente.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

RECADO DE AMOR
































Manuel Mar. ”Poesia”

Recado de Amor!

Foi ao ver o teu olhar tão cintilante,
Que minha alma tanto gostou de ti,
Naquela hora bendita em que te vi,
E que tanto desejei ser teu amante.

Agora que te desejo a cada instante,
Já só quero nos teus caminhos viver,
E da forma gostosa como deverá ser,
Porque tu és para mim tão excitante.

Eu quero conquistar o teu terno olhar,
Porque só a ti eu sinto desejo de amar,
Para ser feliz só contigo eternamente.

Porque tenho por ti amor no coração,
Que a cada dia se torna maior paixão,
Só anseio viver contigo, serenamente.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

A CASA DO CARVÃO































Os Contos de Manfer

A CASA DO CARVÃO

Na minha aldeia, havia uma velha tradição de que todo o povo gostava. Era o teatro, principalmente o teatro de revista, que durante muitos anos era feito pelo povo da aldeia e, dizia o meu pai, que muita gente da vila de Torres Novas bem como da cidade de Tomar, iam lá assistir às representações.
O meu pai também dizia que essa tradição acabou no ano de 1941, devido a um grande ciclone que destruiu a casa do teatro, que por acaso até pertencia a um tio da minha mãe, e só se salvou o pano de Boca de cena, pano esse que foi guardado.
O meu pai fez parte de uma tuna de instrumentos de cordas, que tocava e cantava nas récitas que nesse tempo se faziam nesse teatro.
Eu ainda aprendi com o meu pai, que era um tenor, algumas das canções que faziam parte dos espectáculos das revistas que eram exibidas em Lisboa, e que eram copiadas e representadas lá na aldeia pelos “artistas” da casa.
Entretanto, eu cresci e ganhei asas e, aí pelos meus
dezasseis anos de idade, andava a estudar no Colégio Nuno Álvares em Tomar, e colaborei com o Padre Abílio Franco na constituição de um grupo cénico, para recuperar as tradições de teatro da aldeia.
Formado o grupo cénico com rapazes da freguesia, e como na aldeia não havia nada, pedimos uma casa emprestada que nos foi cedida.
Era uma antiga casa de carvão que era produzido numa destilaria contígua mas que estava há muito tempo inactiva.
Deitámos as mãos à obra, mas estivemos mesmo para desistir, dada a grande quantidade de carvão de que o chão e as paredes de pedra à vista, continha. O que nos valeu foi que mais gente apareceu e ajudou nas limpezas. Terminadas as limpezas, tivemos de arranjar o palco e, depois aplicámos o velho pano de boca que ainda existia do antigo teatro, e um novo teatro apareceu à luz do dia.

Várias peças foram encenadas e o teatro voltou à vida durante algum tempo. O grupo cénico conseguiu-se aguentar durante alguns anos, fez récitas até em algumas localidades vizinhas, mas com a ida dos rapazes para o serviço militar e também pelo aparecimento das guerras no ultramar e porque não apareceu mais ninguém e tinha, entretanto, surgido a  Televisão, o nosso grupo desfez-se.
Eu, ainda deixei ao meu irmão mais novo, que se tornou em bom tocador de viola, todos os papéis das peças que representei, mas as circunstâncias da vida com o falecimento do nosso pai, toda a família foi viver
para Torres  Novas e, a ligação à nossa aldeia ficou
à distância,  e quase terminou.
A casa do carvão foi devolvida ao dono e o teatro terá terminado para sempre na minha amada aldeia de Soudos.

Manfer
®
Torres Novas, 6/6/2015

Foto: Net

A CARRADA DE MATO





























OS CONTOS DE MANFER
A CARRADA DE MATO
Tinha acabado há pouco a 2ª Grande Guerra, teria eu uns 7 ou 8 anos, e já fazia alguns trabalhos no campo, tais como: as regas das hortas, a apanha do figo, as vindimais, as mondas, etc.
      Desta vez, vou contar a minha ida á Charneca da Chamusca com uns boieiros para trazer uma carrada de mato encomendada pelo meu pai e para aprender como se fazia.
Na pequena casa agrícola de meu pai, nesse tempo, entre outras coisas, também havia sempre cabras, ovelhas, porcos, burros, etc. e o mato era preciso para as camas do gado e, assim fabricar o estrume para as propriedades agrícolas.
A viagem até á Chamusca levava mais de 3 horas a passo de boi, pelo que saímos da minha aldeia natal, os Soudos, um pouco antes do nascer do sol. Eu sentei-me ao lado do boieiro encima do carro e o ajudante seguia a pé á frente dos bois.
Quando chegámos á Charneca, depois de uma viagem muito dura para mim, já lá estava o meu pai que tinha ido de bicicleta para comprar e pagar o mato ao roçador.
 O mato levou muito tempo a carregar ao boieiro e seu ajudante, pois eu não podia com aquelas grandes paveias de mato.
Eu já conhecia, Tomar, Torres Novas, Entroncamento, etc. mas naquele dia, fiquei a conhecer também a Golegã e a Chamusca.
      A meio da tarde ficou o carro bem carregado e iniciámos a viagem de regresso e eu lá me ajeitei na rede do carro, dormi uma soneca, enquanto o boieiro e o ajudante seguiam á frente dos bois a dirigi-los.
      Quando aquela romaria do carro com o mato todo enfeitado com plantas silvestres, chegou aos Soudos já o Sol se escondia por detrás das serras de Aire e Candeeiros e eram horas da ceia.
      Era costume dar uma boa ceia ao pessoal logo que o carro ficasse descarregado e assim aconteceu, mas eu o que mais sentia era sono e fui dormir.

MANFER
®
Torres Novas, 1/06/2015

Foto: Net

O DIA DA BELA CRUZ (3 DE MAIO)







































OS CONTOS DE MANUEL MAR

O DIA DA BELA CRUZ


Dia da Bela Cruz - 3 de Maio

Dos jornais:

“Não são apenas as festividades rurais ligadas ao primeiro de Maio a merecer reparo pela sua expressividade popular, cumpridas, ciclicamente, em rituais e crenças. Também os dias 2 e 3 de Maio são celebrados entre nós com idênticas manifestações de carácter festivo, comportando todas elas praxes cerimoniais específicas.

Enquanto algumas têm origem em ritos pagãos campestres perfilhados pela Igreja, outras têm por intenção invocar, tão-só, factos ou mitos considerados dignos de relevância. Umas e outras a misturar na sua componente o histórico, o religioso e o profano, particularmente entre a comunidade rural, onde crenças e práticas rituais continuam a verificar-se em datas festivas, como herança perpetuada até aos nossos dias. Já na antiga Roma tinham lugar nos dias 1, 2 e 3 de Maio, as Florais ou Florálias, festas celebradas em louvor de Flora, deusa das flores e mãe da Primavera.

Amada por Zéfiro, vento do oeste, e venerada pelos Sabinos – antes da submissão deste povo aos Romanos, em 220 a.C., e da própria fundação de Roma – , Flora apresentava-se no seu templo, no Quirinal, uma das sete colinas onde foi construída Roma, permanentemente adornada com grinaldas de flores.

As celebrações tiveram, de início, um carácter campestre e popular, com jogos e danças, mas acabaram por tornar-se extremamente licenciosas.
Daí, ser provável, a eventual relação entre as celebrações a Flora e as comemorações rituais campestres que se efectuam no nosso e noutros países nos três primeiros dias de Maio, principalmente no dia 3 – dia da Santa Cruz, ou dia das Cruzes, dia da Bela Cruz, ou dia da Vera Cruz – , data em que se regista uma das mais antigas solenidades litúrgicas da Igreja, já celebrada em Jerusalém no tempo do imperador romano Constantino, baseada na exaltação do triunfo de Cristo sobre a morte.”

 Já Roma festejava a deusa Flora, as chamadas festa da primavera com caracter licencioso de festas mundanas e pagãs.
Com o decorrer dos séculos a Santa Madre Igreja cristianizou as festas da primavera e inúmeras festas e romarias ainda proliferam nestes dias de norte a sul do País, com uma praxe que é comum a todas elas: a de enfeitar com flores variadas, verdura, rosmaninho e «cordões de maias» (giestas) as fontes, os cruzeiros.

Em muitos sítios, até, as campas dos cemitérios e as encruzilhadas eram enfeitadas, para «proteger as pessoas e os animais dos malefícios das bruxas«.

MANUEL MAR
®
Torres Novas, 1/06/2015

Foto: Net

O DIA DA BELA CRUZ (3 DE MAIO)







































OS CONTOS DE MANFER

O DIA DA BELA CRUZ


Dia da Bela Cruz - 3 de Maio

Dos jornais:

“Não são apenas as festividades rurais ligadas ao primeiro de Maio a merecer reparo pela sua expressividade popular, cumpridas, ciclicamente, em rituais e crenças. Também os dias 2 e 3 de Maio são celebrados entre nós com idênticas manifestações de carácter festivo, comportando todas elas praxes cerimoniais específicas.

Enquanto algumas têm origem em ritos pagãos campestres perfilhados pela Igreja, outras têm por intenção invocar, tão-só, factos ou mitos considerados dignos de relevância. Umas e outras a misturar na sua componente o histórico, o religioso e o profano, particularmente entre a comunidade rural, onde crenças e práticas rituais continuam a verificar-se em datas festivas, como herança perpetuada até aos nossos dias. Já na antiga Roma tinham lugar nos dias 1, 2 e 3 de Maio, as Florais ou Florálias, festas celebradas em louvor de Flora, deusa das flores e mãe da Primavera.

Amada por Zéfiro, vento do oeste, e venerada pelos Sabinos – antes da submissão deste povo aos Romanos, em 220 a.C., e da própria fundação de Roma – , Flora apresentava-se no seu templo, no Quirinal, uma das sete colinas onde foi construída Roma, permanentemente adornada com grinaldas de flores.

As celebrações tiveram, de início, um carácter campestre e popular, com jogos e danças, mas acabaram por tornar-se extremamente licenciosas.
Daí, ser provável, a eventual relação entre as celebrações a Flora e as comemorações rituais campestres que se efectuam no nosso e noutros países nos três primeiros dias de Maio, principalmente no dia 3 – dia da Santa Cruz, ou dia das Cruzes, dia da Bela Cruz, ou dia da Vera Cruz – , data em que se regista uma das mais antigas solenidades litúrgicas da Igreja, já celebrada em Jerusalém no tempo do imperador romano Constantino, baseada na exaltação do triunfo de Cristo sobre a morte.”

 Já Roma festejava a deusa Flora, as chamadas festa da primavera com caracter licencioso de festas mundanas e pagãs.
Com o decorrer dos séculos a Santa Madre Igreja cristianizou as festas da primavera e inúmeras festas e romarias ainda proliferam nestes dias de norte a sul do País, com uma praxe que é comum a todas elas: a de enfeitar com flores variadas, verdura, rosmaninho e «cordões de maias» (giestas) as fontes, os cruzeiros.

Em muitos sítios, até, as campas dos cemitérios e as encruzilhadas eram enfeitadas, para «proteger as pessoas e os animais dos malefícios das bruxas«.

MANFER
®
Torres Novas, 1/06/2015

Foto: Net

O TABELIÃO








































                  OS CONTOS DE MANFER
                 
                  O TABELIÃO
                 
Na minha aldeia, o meu avô paterno, Manuel Ferreira, era um autêntico tabelião popular.
Muitos dos habitantes recorriam aos seus préstimos, quer fosse para escrever uma carta, um contrato de compra ou venda, ou para fazer a partilha de uma herança.
Este meu avô pertencia a uma família abastada mas o seu pai, meu bisavô, viciou-se no jogo da manilha e perdeu o que tinha e não tinha.
Isso levou o meu avô, mais tarde, a proibir aos filhos qualquer espécie de jogo.
Tudo isto, bem como o relato seguinte, me foi contado por meu pai, António Ferreira, nas grandes noites da minha infância, em que ele obrava verga e me falava de muita coisa da sua juventude.
Contou-me, também, que o meu avô era um homem que tinha várias actividades, que foi muitos anos mestre de lagar de azeite, pequeno agricultor que vendia semanalmente os seus produtos agrícolas e pecuàrios nos mercados da região de Torres Novas, Ourém e Tomar. Que ele possuía muitos burros para o seu trabalho e para alugar às pessoas para se deslocarem aos referidos mercados.
 Meu avô era o dono, também, de uma propriedade chamada Ribeira, ou casal, que tinha uma casa de habitação e um palheiro para guardar os burros, o que, afinal, é a principal razão de te contar esta história, pelo facto de o meu avô ser, também, um homem que amestrava alguns dos seus burros, para fazer o transporte da sua casa na aldeia para a dita propriedade, e vice-versa, sem que fosse preciso mandar alguém a conduzi-los.
Seguindo esse exemplo, há muitos anos, tentei amestrar um burro do meu pai, mas o sujeito era tão teimoso, que só avançava quando eu, indo por trás, lhe puxava o rabo.
Isto, pode crer, é uma história verdadeira.

Manfer
®
Torres Novas, 1/06/2015
Foto: Manuel Ferreira (Avô)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

ACREDITAR NO AMOR
































Manuel Mar.”Poesia”

ACREDITAR NO AMOR

Quando o amor aparece na vida,
Começa a bater forte o coração,
E a alma fica muito enternecida,
Pelo desabrochar da sua paixão.

Mas é preciso acreditar no amor,
E vivê-lo sem entrar em fantasia,
E evitar situações de melancolia
Que conduzem à tristeza e à dor.

O amor nunca suporta ser tumba,
Bem adornada de rosas murchas,
Porque só quer ser alegre e feliz.

E se no primeiro exame chumba,
Cada um lá leva as suas trouchas,
Porque ninguém quer ser infeliz.

Manuel Mar.
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

ACREDITAR NO AMOR
































Manuel Mar.”Poesia”

ACREDITAR NO AMOR

Quando o amor aparece na vida,
Começa a bater forte o coração,
E a alma fica muito enternecida,
Pelo desabrochar da sua paixão.

Mas é preciso acreditar no amor,
E vivê-lo sem entrar em fantasia,
E evitar situações de melancolia
Que conduzem à tristeza e à dor.

O amor nunca suporta ser tumba,
Bem adornada de rosas murchas,
Porque só quer ser alegre e feliz.

E se no primeiro exame chumba,
Cada um lá leva as suas trouchas,
Porque ninguém quer ser infeliz.

Manuel Mar.
Torres Novas, 12/07/2016

Foto: Net

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS DE FUTEBOL DE 2016








































Manuel Mar. ”Poesia”

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS
DE FUTEBOL DE 2016

Portugal, que foi a maior Nação
No antigo tempo da descoberta,
Deixou a Europa de boca aberta,
Ao fazer-se da Europa Campeão.

A França jogou só com crueldade,
E maltratou o capitão português,
Mas foi depenado o galo francês,
E Portugal jogou com humildade.

Mas não lhes valeu mesmo nada,
Terem lá tratado mal o nosso Rei,
Porque a garra dos outros bastou.

Até o Napoleão perdeu a jogada,
Quando nos quis mostrar sua Lei,
Mas ele também bem nos roubou.

Manuel Mar.
Torres Novas, 10/07/2016

Foto: Net

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS DE FUTEBOL DE 2016








































Manuel Mar. ”Poesia”

PORTUGUESES CAMPEÕES EUROPEUS
DE FUTEBOL DE 2016

Portugal, que foi a maior Nação
No antigo tempo da descoberta,
Deixou a Europa de boca aberta,
Ao fazer-se da Europa Campeão.

A França jogou só com crueldade,
E maltratou o capitão português,
Mas foi depenado o galo francês,
E Portugal jogou com humildade.

Mas não lhes valeu mesmo nada,
Terem lá tratado mal o nosso Rei,
Porque a garra dos outros bastou.

Até o Napoleão perdeu a jogada,
Quando nos quis mostrar sua Lei,
Mas ele também bem nos roubou.

Manuel Mar.
Torres Novas, 10/07/2016

Foto: Net

O VIGARISTA




























Manuel Mar. “Poesia”

O VIGARISTA!

Mote
Ter olhos bem abertos,
O mundo é dos espertos.
Mas para pagar e morrer,
O melhor é nunca correr.
I
O vigarista é um espertalhão,
Que vive à custa dos papalvos,
Dele não estamos nunca salvos,
Todo o vigarista é um aldrabão,
Que sabe escolher bem os alvos,
E faz os outros serem os parvos,
Quando apanham uma ocasião,
Jogam com quem é interesseiro,
Induz o ganho fácil do dinheiro,
E cai na esparrela o parvalhão.
II
São mestres no conto do vigário,
Simulando fazer um bom favor,
E começam sempre por propor,
Bom negócio do tipo da China,
E logo o freguês bem se anima,
Cai na esparrela como otário.
Ele compromete-se a lá voltar,
Depois das voltas que vai dar,
Então o vigarista desaparece,
Mas dessa forma se enriquece.
III
Basicamente é só com engano,
Que um vigarista se aproveita,
É bem conhecida a sua receita,
Mas cai lá sempre mais gente,
E que continua tão frequente,
Dada a avidez do ser humano,
Nódoa que cai no melhor pano,
O vigarista todo engravatado,
Faz clientes em qualquer lado,
Mas só para lhes causar dano.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 11/07/2016

Foto: Net